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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Coisas pequeninas

Quando dedicamos tempo as  coisas, elas deixam de ser coisas comuns, deixam de ser  pequeninas. E pequenina não quer dizer que seja menos importante, mas, pequeninas em sua simplicidade, fragilidade, e doçura. Eu ando me reencontrando, juntando os cacos, ajeitando os passos, mas saiba que não esqueci de você. E você sempre receberá o olhar sereno, sem maldade, somado a todos o sorrisos de criança que te dou, terás o boa noite da amiga nos dias em que eu sumir, e o abraço protetor de quem te quer bem. A gente ainda irá se sentar olhando na mesma direção, sem dizer nada, se permitindo estar. Desejo que tenhas uma vida assim, repleta de coisas pequeninas, todos os dias...

*para uma amiga que foi morar com Deus.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Entre um silêncio e outro.

Se por acaso ficares triste, pequena, lembre-se daquela música que eu costumava ouvir. Ela aliviará suas dores  e, possa ser que algumas vezes, te faça chorar um pouco. Mas preste atenção, não pense que é por mal. Nunca é. A gente nunca soube medir os próprios sentimentos. A gente nunca soube olhar pros lados.
E eu ainda não consegui descobrir em qual esquina da vida desencontrei do amor. Dia desses me peguei pensando que talvez o amor nunca tenha aparecido. E eu espero, de coração, que tu o encontres, e se encontre ou se reencontre nele. Talvez essa tenha sido a razão pela qual a ausência [tanto a minha quanto a sua] se permitiu ficar.

O Phill cantará a noite inteira e não te deixará dormir, eu sei. A mesma música. Repetidas vezes. Enquanto você silencia, e pensa. Você pode não ver o amor como diz a letra, é verdade. Mas nem por isso deixará de ser a sua canção.

Essa ausência, essa saudade de sentir aquela coisa boa, e todo esse desencanto será por pouco tempo.
Eu garanto. Logo esse vazio passará. E você voltará a sorrir suas alegrias acanhadas e desajeitadas.
Deixe seu riso sair sem receio pra que ele continue voltando.
Te quero bem. Daqui a pouco é primavera...


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Reinventar-se mesmo que não seja janeiro.

Eu vim de um lugar que não existe pressa.
Todo esse passo lento, torto e meio ofuscado foi tomando forma com o tempo. assim como a busca pela ausência, a destreza do silêncio, e a maturidade da solidão...
lá, de onde vim, também não existe vazio.
Porque sempre tem alguém na rua sentado na calçada. Tem sempre alguém dentro de  casa. O celular nunca deixa de tocar trazendo boas novas. Phill (o Veras) acorda os domingos com canções. tem sempre um bom sorriso pra doar, tem sempre uma boa história pra contar. tem sempre chá quente no fogão. De lá, eu trago todos os abraços apertados. os sorrisos mais sinceros. a esperança mais intensa. os sonhos concretos mais cheios de ternuras. E trouxe a única certeza de amor que tem por lá.

às vezes eu paro e me pergunto por que decidi vir.
-  Acredito que... talvez fosse mais difícil ter ficado.
-  Talvez porque foi preciso.
-  Talvez... eu nunca consiga te explicar.
só sei que, apesar de tristes, chegadas e partidas me trazem sempre uma espécie de repouso.
e me acalmam o coração. é como se eu pudesse me reinventar sempre, mesmo que não seja janeiro.

... Antes, saudade e ausência me prendiam.. hoje, eu me preservo em silêncios... 



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aquele velho blá blá blá de sempre

Tem tanta coisa estranha por aí. Estranho, mesmo, é termos tantas cicatrizes em nossos corações e ninguém conseguir entender. No máximo, percebem a sequela de um ou outro golpe, o descompasso da dor por um ou outro corte. Mas o que realmente é, ninguém nunca vai saber. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

coisas que aprendi com a ausência.

Quando cheguei já era tarde demais. Você havia juntado suas coisas, os sorrisos, algumas dores e ido embora para o outro lado do mundo. Nem sei se coube tudo na mala.
Se tinha levado alguma coisa que lembrasse todo o nosso tempo bom. 
Ou se o coração sentia algum desejo por menor que fosse de ficar.
Por um tempo acreditei que talvez você pudesse ter levado algum pedaço de lembrança guardada no bolso, ou escondida na palma da mão, só pra ter o porquê de olhar pra trás.
De uma coisa tinha certeza, você levou um bocado de coisa que eu deixei crescer dentro do peito.
Nunca soube de onde você tirou tanta coragem. Apesar de que eu sempre acreditei nela.
E no seu sorriso, e no seu bom coração. E nos seus olhos sorrindo. E no seu desejo de ir.
Principalmente em frente, pelo caminho que seu sonho a vida inteira escolheu.
Que o amor nos perdoe, mas acredito que foi tudo culpa da saudade, das ausências, e do tempo...
(principalmente quando se vai assim como você se foi.)
A gente deve se perdoar pelo amor... mas saiba que não há mais o que amar.
Como falei, foi tudo culpa da ausência, e do tempo, foi sobretudo por causa dele que deixamos a vida aberta. Às vezes penso que foi culpa da ausência por não precisar alimentar prisões.
E foi assim que permitimos que nossos caminhos fossem diferentes.
Eu ainda acredito que coração se reinventa...
E acredito que o tempo há de vir sem pressa, acanhado, pra que se faça amor,  pra que eu me encontre outra vez depois de um tempo, se assim tiver de ser.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Desculpe-me se O Momento Lápis Papel tem andado um pouco ausente ou um pouco triste.
Nos últimos dias acho até que ele andou meio feliz.
Vai ver... é só questão de tempo.
(A.Gouveia) 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não tenha medo.

O mundo é tão grande que chega a  amedrontar, embora ele às vezes faça parecer caber na palma da tua mão durante nossas conversas soltas pela madrugada. Além de achar lindo vê-la pelo reflexo dos seus olhos e do seu coração, mesmo que algumas vezes fiquem os dois cobertos pela poeira da vida.

Não sei bem ao certo qual foi o dia, mas a impressão que sempre tive é a de que você me trouxe um baú fechado de alegrias desde que chegou. E mesmo que machuque às vezes, já que todo riso solto traz consigo um efeito consequência, lhe abrirei os braços todas as vezes em que você partir e decidir voltar. E sumir outra vez. E voltar de novo... porque as vezes você faz com que a vida pareça ser assim. E acredito que o coração da gente (ou ao menos o meu) sempre sabe, de um jeito meio torto, a quem amar.

Por isso não se assuste com os anos que você já viveu, nem com o tempo que ainda falta, ou com o tempo que há de curar suas dores. Não se assuste com a solidão, nem com os seus sonhos. ou as suas tristezas. Não tenha medo dos dias de chuva. O mundo não cabe na palma da tua mão, ele é bem maior que seu coração, mas não é capaz de abraçar solidão, ausências e silêncios. Nem de enxugar mágoas. Nem de aliviar saudades. Mas mesmo assim é bem maior do que a gente pensa. Mas nunca vai ser tão grande quanto a alegria de dividir  nossas conversas pela madrugada, e o vento, os risos, o caminho, o passo, os fardos, a vida com você. Porque assim tudo fica mais leve. E maior que isso ele nunca vai conseguir ser...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Send.

[escrita em um dia qualquer de outubro]

Foi bom vê-la dando aquele riso solto outra vez. Fazia tempo que teus olhos grandes te impediam de enxergar todas as cores que o mundo te oferece lá fora e eu sempre achei isso um desperdício. Tudo bem. Prefiro sim que às vezes a solidão das cores frias te impeça de sofrer. mas convenhamos, que até solidão e dor ficam mais bonita quando se sorri.
sei também o quanto isso é difícil para você. Tantas lutas, tantas pressões, e uma sensação estranha de querer sumir de si e não pertencer a lugar nenhum. E ainda ter que suportar todo aquele barulho, acordar, sair sem o café, trabalhar, estudar, voltar pra casa, dormir, acordar, fazer café... mas ainda há esperança e você sabe. há sempre uma chance, e aquela pontinha de esperança em todos esses teus silêncios. Mas não esqueça, nunca perca a fé, custe o que custar. Aproveite as manhãs frias da última semana de mais um mês seu que chega ao fim, Ester. Receba-o como um presente generoso de alguém que deseja que você seja feliz até nos fins de tardes vazias de inverno. Vista polainas e cachecol quando for a rua. Os dias têm sido frios aqui fora. E espero que continue cuidando do seu coração...

Com carinho,

Amador.