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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aquele velho blá blá blá de sempre

Tem tanta coisa estranha por aí. Estranho, mesmo, é termos tantas cicatrizes em nossos corações e ninguém conseguir entender. No máximo, percebem a sequela de um ou outro golpe, o descompasso da dor por um ou outro corte. Mas o que realmente é, ninguém nunca vai saber. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

coisas que aprendi com a ausência.

Quando cheguei já era tarde demais. Você havia juntado suas coisas, os sorrisos, algumas dores e ido embora para o outro lado do mundo. Nem sei se coube tudo na mala.
Se tinha levado alguma coisa que lembrasse todo o nosso tempo bom. 
Ou se o coração sentia algum desejo por menor que fosse de ficar.
Por um tempo acreditei que talvez você pudesse ter levado algum pedaço de lembrança guardada no bolso, ou escondida na palma da mão, só pra ter o porquê de olhar pra trás.
De uma coisa tinha certeza, você levou um bocado de coisa que eu deixei crescer dentro do peito.
Nunca soube de onde você tirou tanta coragem. Apesar de que eu sempre acreditei nela.
E no seu sorriso, e no seu bom coração. E nos seus olhos sorrindo. E no seu desejo de ir.
Principalmente em frente, pelo caminho que seu sonho a vida inteira escolheu.
Que o amor nos perdoe, mas acredito que foi tudo culpa da saudade, das ausências, e do tempo...
(principalmente quando se vai assim como você se foi.)
A gente deve se perdoar pelo amor... mas saiba que não há mais o que amar.
Como falei, foi tudo culpa da ausência, e do tempo, foi sobretudo por causa dele que deixamos a vida aberta. Às vezes penso que foi culpa da ausência por não precisar alimentar prisões.
E foi assim que permitimos que nossos caminhos fossem diferentes.
Eu ainda acredito que coração se reinventa...
E acredito que o tempo há de vir sem pressa, acanhado, pra que se faça amor,  pra que eu me encontre outra vez depois de um tempo, se assim tiver de ser.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Desculpe-me se O Momento Lápis Papel tem andado um pouco ausente ou um pouco triste.
Nos últimos dias acho até que ele andou meio feliz.
Vai ver... é só questão de tempo.
(A.Gouveia) 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não tenha medo.

O mundo é tão grande que chega a  amedrontar, embora ele às vezes faça parecer caber na palma da tua mão durante nossas conversas soltas pela madrugada. Além de achar lindo vê-la pelo reflexo dos seus olhos e do seu coração, mesmo que algumas vezes fiquem os dois cobertos pela poeira da vida.

Não sei bem ao certo qual foi o dia, mas a impressão que sempre tive é a de que você me trouxe um baú fechado de alegrias desde que chegou. E mesmo que machuque às vezes, já que todo riso solto traz consigo um efeito consequência, lhe abrirei os braços todas as vezes em que você partir e decidir voltar. E sumir outra vez. E voltar de novo... porque as vezes você faz com que a vida pareça ser assim. E acredito que o coração da gente (ou ao menos o meu) sempre sabe, de um jeito meio torto, a quem amar.

Por isso não se assuste com os anos que você já viveu, nem com o tempo que ainda falta, ou com o tempo que há de curar suas dores. Não se assuste com a solidão, nem com os seus sonhos. ou as suas tristezas. Não tenha medo dos dias de chuva. O mundo não cabe na palma da tua mão, ele é bem maior que seu coração, mas não é capaz de abraçar solidão, ausências e silêncios. Nem de enxugar mágoas. Nem de aliviar saudades. Mas mesmo assim é bem maior do que a gente pensa. Mas nunca vai ser tão grande quanto a alegria de dividir  nossas conversas pela madrugada, e o vento, os risos, o caminho, o passo, os fardos, a vida com você. Porque assim tudo fica mais leve. E maior que isso ele nunca vai conseguir ser...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Send.

[escrita em um dia qualquer de outubro]

Foi bom vê-la dando aquele riso solto outra vez. Fazia tempo que teus olhos grandes te impediam de enxergar todas as cores que o mundo te oferece lá fora e eu sempre achei isso um desperdício. Tudo bem. Prefiro sim que às vezes a solidão das cores frias te impeça de sofrer. mas convenhamos, que até solidão e dor ficam mais bonita quando se sorri.
sei também o quanto isso é difícil para você. Tantas lutas, tantas pressões, e uma sensação estranha de querer sumir de si e não pertencer a lugar nenhum. E ainda ter que suportar todo aquele barulho, acordar, sair sem o café, trabalhar, estudar, voltar pra casa, dormir, acordar, fazer café... mas ainda há esperança e você sabe. há sempre uma chance, e aquela pontinha de esperança em todos esses teus silêncios. Mas não esqueça, nunca perca a fé, custe o que custar. Aproveite as manhãs frias da última semana de mais um mês seu que chega ao fim, Ester. Receba-o como um presente generoso de alguém que deseja que você seja feliz até nos fins de tardes vazias de inverno. Vista polainas e cachecol quando for a rua. Os dias têm sido frios aqui fora. E espero que continue cuidando do seu coração...

Com carinho,

Amador.

domingo, 6 de outubro de 2013

Eu te falei...

Eu sou feliz, sabe?
Bem lá no fundo.  E você sabe que não vou gritar sua felicidade por aí.
Sou mais de sorrir do lado de cá. Daqueles risos que a gente fecha os olhos e faz boca de palhaço.
É, as coisas tomam rumo, eu te falei, era só mais um tempinho que o tempo precisava pra  te ver organizada, com base, com força, e com fé. 

A.Gouveia

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

(...) Sinto muito, mas...

Eu não acho que seja possível preencher um espaço vazio com aquilo que você perdeu. Não acho que nossos pedaços perdidos caibam mais dentro da gente depois que eles se perdem. Agora foi a minha ficha que caiu: se eu de alguma forma a tivesse de volta, ela não encheria o buraco que a perda dela deixou.

J.G

Acontece, às vezes...

Acontece, às vezes, de a gente se sentir vazio de alma, vazio de amor, vazio de um monte coisa e, acabar não tendo pra onde ir.
Você sabe: pessoas demais, jeitos e roupas iguais, mas não há ninguém semelhante à essa solidão pesada. São nessas horas que a gente silencia o peito. coloca uma música bem leve. e vai pensar. ou escrever. ou ler um livro que ficou pela metade há tempos na estante, junto a tantos outros ainda não lidos.
Não sei se foi culpa do amor ou a falta dele, ou se é coisa da idade [como dizem por aí que pode ser] ou se é nosso jeito de escolher a tristeza até quando o outono vai embora.
Vai ver, preferir não sentir, ou não criar expectativas seja um jeito de se ausentar.
Às vezes é como milagre, sabe? Um piscar de olhos e pronto: O ar já não pesa tanto, se vê o lado de fora, esse lugar que, ao menos de início, parece não ter espaço pra toda essa bagunça e esses vazios de sabe-se lá o quê que andou sufocando peito, que se instalou sem pedir licença e se guardou. Inicialmente vem um sorriso sem jeito, e vai acontecendo assim, como mágica.
Essa fase, essa esperança, esses silêncios, essa nova estação. cada dia, deixa a vida menos pesada. Cada recomeço, uma pequena chance para silenciar, sorrir e preencher vazios. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Por isso havia aquele vez em quando...

... ali, a alguns quilômetros de distancia, depois do número 20, ela encontrou um lugar tranquilo pra pensar.
Ela, que havia aprendido a não viver de metades, já não reconhecia os inteiros.
Arriscava viver como se nada faltasse.
Chegou a pensar que talvez estivesse na vida errada.
E que arriscar ou não, terminaria levando ao mesmo vazio.
... vazio de alma, vazio de amor, vazio de um monte coisa.
Mas ela sorria pra quem quisesse ver.
E chorava, mas não gostava de falar como as coisas realmente estavam.
Ali, sentada a quilômetros de distância, ela encostou a cabeça embaixo da árvore e suspirou.
Suspirou pra aliviar o peso das costas, pra tentar fugir desse preto e branco, pra tentar sonhar um sonho bom e retido, pra não repensar nos caminhos que escolheu.
Ela doía por dentro, mas era difícil perceber.
E se permitia sofrer por dentro, chorava de vez em quando e continuava fingindo não sofrer.
Isso ela sabia de cor.
Teve vontade de cessar algumas vezes.
Mas se não saísse para ver beija-flores todas as manhãs, só veria a primavera outra vez daqui 365 dias.
Por isso ela decidiu ficar de pé.
Por isso ela vestia um sorriso bom de se ver, mesmo chorando por dentro.
Por isso ela decidiu jogar fora seus textos e começou a colecionar solidão.
Era outono quando tudo foi embora.
Agora já é primavera e tudo! e quase nada...
... mudou.

A.Gouveia

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Indo embora do que já não dá pra sentir mais.

Coloquei na mala aquela camiseta regata branca que você tanto gosta. Estou levando o tênis preto também... você diz que os dois combinam tanto que, apesar de não concordar com você, resolvi considerar. Acho que embarco para Argentina na próxima semana. Você sabe que não sei falar espanhol, mas aprendi um pouco com as videoaulas, com os PDfs e com o Google Tradutor. Comprei um dicionário também... Não te contei antes porque fiquei com medo de você querer juntar dinheiro e vender os livros e os seriados pra ir também e definitivamente, Argentina não combina com você. Nem Bariloche, nem Porto de galinhas, nem essas paredes, nem Eva Peron, nem Eu. Como pude não perceber desde o inicio que a gente não combina? Como pude empurrar com a barriga por tanto tempo? Talvez seja como você mesma diz, eu não tenho muita noção de tempo, afinal, até as horas eu confundo um pouco! Essa coisa de 9h ser 21h, e tal, e também confundo os ponteiros. Não sei pra quê tantos! Acho que quando a gente sente que deve ir, a gente simplesmente vai. Não precisa dos ponteiros pra indicar segundos, minutos, ou as horas. Acontece que tudo isso me prende e, não me deixa ver se lá fora é dia ou noite. Aí me dá uma preguiça de chegar até a varanda e ouvir todos aqueles barulhos que me enlouquecem tanto! Ultimamente, tem sido inverno todos os dias dentro de mim. E essa coisa de você não me deixar ir tem me matado aos poucos, talvez seja costume, mas passa, vai passar, sempre passa. 

A.Gouveia

domingo, 1 de setembro de 2013

Se cuida....

"Comprei uma cama nova.
Outro dia arrumei o quarto e mudei tudo de lugar.
A gente cruzou agosto num compasso bom.
Ah, setembro tem cheiro de coisa nova, de riso solto...
Deve ser a nossa vontade de mudar.
E deixa comigo...  que o sorriso aqui ainda continua o mesmo. "

- Anderson Gouveia


terça-feira, 27 de agosto de 2013

A estranha construção do eu.

Sem interesse. Sem maldade. Sem vantagem.
Desde a década de 80 estragando tudo e decepcionando pessoas.

(Dedinho)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

1° dia. (Recomeço)

Era inevitável, sempre deixava o coração solto, leve, num compasso bom.  E era de se esperar  todo esse sorriso.  Deve ser porque é mês de agosto, chove bastante, e não faz  frio dentro peito. Chega até a ser engraçado ver inverno fora  e o coração em pleno verão. Uma coisa é certa: as portas estavam abertas, pra viver paixão e todo aquele espetáculo íntimo.

A.Gouveia

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Tenho medo de ter desaprendido o jeito.


. Existem dias que nos exigem força e fé.
hoje foi um deles.
O relógio já marca 23 horas e 49 minutos.
e, até agora, ainda não tenho ideia se venci. 


(A.Gouveia)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Oito

Entrou.
Deixou as portas e as janelas abertas.
Deixou que o vento refrescasse a vida, se permitiu ser feliz a partir desta manhã de agosto.
Só esqueceu de avisá- la que ainda era muito cedo pra ficar.

Enquanto isso, espera...


A.Gouveia


domingo, 4 de agosto de 2013

Ah, seu moço. [ 2 ]

- Como assim?
- Acho que sempre depositei amor nas coisas erradas, enquanto as certas poderiam estar ali, do meu lado e eu cego não percebi.
- Entendo.
- Não. Ninguém consegue entender. Nem mesmo eu consigo entender. Apesar de... eu sei que lá fora está perfeito e que faz dó ficar triste em um dia tão bonito. Então decidi sorrir.
- Fico feliz ao ver você voltar a sorrir. Quem sabe até você possa se apaixonar de novo, e que dessa vez que seja pelo certo, não é?
- Não. Não sei. Não vou  pensar sobre isso. As coisas andam bem assim e são tantas coisas pra viver e ainda ter que dividir! Não sei se consigo.
- Então você ficará só?
- Não! Tenho meus amigos, e minha família...
- Mas e o amor?
- Continuo amando, amo todos eles...
- Me refiro a outro tipo de amor.
- Ah, é que sempre achei que esse tipo de amor trás mágoa, e machuca.
- Isso é triste.
- Você vai se acostumar!
- Não. Não quero me acostumar.
- As vezes acho que eu também não quero.
- Então, não se acostume!
- Ah, acho que isso já faz parte de mim.
- Você é muito confuso!
- Eu disse que você não entenderia. Mas então talvez eu tenha conhecido alguém, num desses dias em que resolvi olhar para o lado.
- Sério? E aí?
- Uhuuum. Mas prefiro não contar. Costumo perder tudo aquilo que amo, então prefiro deixar as coisas como estão.

A.Gouveia

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Nota ao leitor

Às vezes é assim: o ar pesa, tudo enche, tudo cansa, e esvazia de vez, e termina perdendo um pouco o sentido. Até que todas aquelas coisas que a gente andou planejando um dia, se realizam por metades.
Então nos perguntamos: "por que não por inteiro?" ou "por que isso e não aquilo?".
Não sei se há uma lógica  nisso tudo, assim como encontro nos problemas matemáticos que me rodeiam.
Hoje pela madrugada, uma amiga veio me contar que uma amiga dela gostou do "Momento Lápis Papel",falou que ando ausente, e que tem o achado um pouco triste ultimamente.
Fiquei sem saber o que dizer... porque no fundo sei que ela não mentiu.
Então eu prometi escrever coisas um pouco mais felizes daqui pra frente.
Mas vez ou outra as tristezas aparecerão por aqui, pois elas fazem parte de mim e não posso evitar.
Talvez eu tenha andado cansado mesmo!
Cansado da correria, cansado dessa bagunça, cansado de algumas pessoas, cansado de esperar sempre por algo que não vem.
Daí lembro que aprendi a caminhar sem pressa, e a ver bem com o coração...
As manhãs de sol; os almoços com a Anni, Ana, e a Lú; as tardes no trabalho; o lanche na padaria com amigos; o tchau da Rebeca pelo vidro todas as tardes; a caminhada na praia no fim do dia, depois do trabalho com a Anni, e a Nati; fica claro que essas pequenas coisas bastam pra me fazer sorrir.
Hoje a noite, e só pra completar o meu dia de tantas surpresas, duas senhoras bem velhinhas sentaram ao meu lado no banco em frente ao mar.
Falaram sobre o avô jornalista, sobre a beleza de escrever, e sorriram...
E sem que eu desse uma palavra sobre cansaço ou tristeza, uma delas olhou para mim e disse: "Está cansado? Ou está triste? Se for cansaço, durma bem quando chegar em casa. Se for tristeza, espero que passe logo. Mas não se permita entristecer por outras pessoas. Apenas fique triste por você hoje. Você perceberá quantos motivos tem pra ser feliz. E irá sorrir de verdade."
Assim que ela silenciou, o seu filho chegou e elas se foram.
 E eu ainda estou pensando em todas as palavras que ouvi...
Me despedi num sorriso e arrisquei um 'prazer em conhecer'.
Não sei se voltarei a vê-las em alguns desses bancos em frente ao mar.
Algum dia quem sabe... quando o coração precisar ouvir certas verdades que arrancam suspiros e fazem olhar pra frente e viver.
Isso não mudou meu cansaço, nem meus enganos. Mas como disse o Ilkerson:
"Algumas vezes é necessário se enganar para tocar a vida.
Não é bom sofrer por todas as coisas que acontecem de errado, então a gente finge e toca o barco. E chegará uma hora que toda essa bagunça acumulada irá brotar. Mas ainda assim, é melhor que sofrer sempre".
Me desculpem se O Momento Lápis Papel tem andado um pouco ausente ou um pouco triste.
Nos últimos dias acho até que ele andou meio feliz.
Vai ver... é só questão de tempo.
(A.Gouveia) 

sábado, 27 de julho de 2013

O mundo é pequeno demais pra mim. (1)


Dizem que nasceu antes do tempo, numa dessas noites bem frias de agosto, em que não se consegue sair de casa sem casaco para proteger o corpo. Não havia estrela no céu. Assim como também não havia solidão nos olhos ou palavras que fizessem algum sentido. Cresceu assim. Preferia que fosse verão, claro, mas como costumava dizer, “a gente não escolhe quando chegar e nem tem coragem suficiente pra decidir quando partir”.
Nunca foi de reclamar da vida, nem foi de criar muitos sonhos ou expectativas. Gostava mais de agir, superar, se permitir ser, e ser. Era feliz de um jeito meio torto e só. Quando criança, não pensava em envelhecer. Achava realmente que era o Principezinho, e que sumiria ao invés de morrer, apesar de nunca ter tido medo disso. E foi se permitindo ser, deixando o caminho ser traçado, no compasso dele, com todas as conseqüências e docilidades que isso pudesse trazer. Era dessas pessoas que carregam um peso enorme nas costas e vive sorrindo. Aprendeu a sorrir arrancando sorrisos  de onde só havia tristeza, e era feliz por semear o riso. Mas era dessas pessoas que costuma chorar em público e que carrega a ternura nos olhos. Não tinha pressa de viver, era sempre em passos leves, até porque sabia que quanto mais adiasse a vida,  acabaria mantendo distancia do amor, da dor, do fim.
Tinha dias, no entanto, em que o coração entristecia e queria partir. Ir pra qualquer outro lugar que pudesse lhe trazer alguma novidade. Perto ou distante. Não importava.  
(A.Gouveia)

Continua...

♪ ♫ ♩ ♬ Uma canção pra acompanhar o texto.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Moleque, se joga!

Andei uns dias entristecido, mas fico feliz quando penso que seu coraçãozinho está ao lado de Deus.
E foi isso. Fui ali e voltei cheio de planos e sonhos.
Aliás, pensamentos a mil. (O que não tem me faltado.)
Já faz algum tempo que tenho deixado minha cabeça ocupada com tudo aquilo que realmente me interessa.
Confesso: dá um trabalho enorme ser gente grande.
Por uns instantes pensei estar enlouquecendo...
Aí chega meu amigo um tanto bonitão, Todo malhado, dois filhos, esposa, uma casa e um trabalho pra cuidar e me fala: Moleque, já és independente, se joga!
Cria um romance 
e se Joga. Vive e não sufoca.
Aceitei a dica e me joguei,
no mundo, nos meus planos, nos meus sonhos!
Acreditei no que a minha imaginação sempre cansou de insistir, e eu bestão, não aceitava.
Resolvi arriscar e o primeiro passo foi dado! Agora é só remar e esperar que a correnteza da sorte também ajude!
Posso contar uma coisa meus amores? O Anderson de hoje, que em breve completará 20 e poucos anos, começa - de fato - a ver a vida com outros olhos.
 

"Obrigado por me emprestar seu sorriso para eu achar graça na vida."
Tati B, sua linda!


A.Gouveia

terça-feira, 16 de julho de 2013

Momento "eu sou assim" de ser.

Estou sumido, eu sei, mas é por um bom motivo (um não, são vários!)
Quero apenas comunicar que em breve eu volto ao blog e quem sabe, com novidades!

See you!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Love in the Afternoon

É tão estranho os bons morrem jovens...
Assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora.
Cedo demais...

Quando eu lhe dizia: "Eu me apaixono todo dia e é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse: "Eu gosto de você também."

Só que você foi embora cedo demais...
Eu continuo aqui com meu trabalho e meus amigos e me lembro de você em dias assim... Dia de chuva, dia de sol.
E o que sinto não sei dizer.

Vai com os anjos, vai em paz!
Era assim todo dia de tarde a descoberta da amizade...
Até a próxima vez...

É tão estranho... os bons morrem antes, me lembro de você e de tanta gente que se foi cedo demais...
E cedo demais...
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis só não aprendi a perder e eu, que tive um começo feliz do resto não sei dizer.

Lembro das tardes que passamos juntos, não é sempre, mas eu sei que você está bem agora.
Só que este ano o verão acabou cedo demais...

                                                                       *Essa vai pra você. *-*

(Renato Manfredini Júnior)

sábado, 13 de julho de 2013

Coração apertadinho. ( Vó )

Essa semana Mãe me falou por telefone, que Vó está parecendo entregar os pontos.
Passa os dias deitada no quarto orando entre uma cochilada e outra, levanta só para comer
(quando come), tem dito 
poucas palavras, não tem sentado na varanda para ver a rua e o dia.
Dia desses entre uma conversa e outra falou que anda muito cansada. 
Ao contrário de muitas pessoas com seus quase 100 anos, Vó nunca falou em morrer. 
Sempre teve força suficiente para encarar AVC, cirurgias no intestino, diabetes, feridas que não cicatrizam na pele já muito frágil, uma cadeira de rodas, dores nos joelhos e nos ossos que os médicos de uns dias pra cá disseram que não conseguem encontrar solução. 
Emagreceu bastante, mas enfrentou com bom humor a necessidade de usar uma sonda para se alimentar, usou bengala por uns tempos até se lembrar que ainda tinha força suficiente para andar sozinha, mesmo se escorando nas pessoas e nas paredes...
Lembro dos biscoitos guardados no pote, sempre prontos com chá que ela me oferecia. 
Lembro ela guardando bem escondido, as cartas e desenhos que eu fazia e que ela adorava!
Mas que ela não conseguia ler. 

Lembro das plantinhas sempre bem cuidadas e os almoços de domingo sempre às 11 horas. 
Lembro as lágrimas caindo dos olhinhos dela quando fiquei doente certa vez, e num abraço ela disse que daria tudo certo...
E agora Mãe vem me dizer que ela tem andado bem tristinha, até nos dias de sol. 
E eu andei com muito medo de que a luz dela se apague, levando um bocado da minha também. 
Porque ela, além de me guiar, é também a esperança que eu tenho.
Porque sabe diferir de tanta coisa, de tanta gente, 
ela nunca deixou de acreditar na vida, no amanhecer, em mim...
E eu, que coloquei os pés na estrada muito cedo, mesmo assim não me acostumei com esse compasso natural da vida, chorei de soluçar de saudade, de medo, de solidão... 
Acontece que eu não sei o que fazer, o que pensar, o que dizer aqui dessa distância toda, sem poder vê-la todos os dias e ajudar a curar-lhe todo esse aperto e essas aflições...
Pedi a Deus um pouquinho de alegria pra esse dia vazio e nublado. Acho que ele preferiu me dar fé...

A.Gouveia

sábado, 6 de julho de 2013

Post it

E eu andei desejando tanto que você fosse feliz... De verdade mesmo. Sem amarras, sem pesos, sem pressa. E que todo esse silêncio terminasse em sorrisos, dos mais bonitos, desses que até Deus sorriu ao criar. Porque a vida já foi dura demais com você. E eu entendo. Todo mundo precisa de um pouco de silêncio, desacelerar, diminuir todo o compasso que o coração andou construindo na contramão.
Como já falei, entendo teus limites, teus medos, e toda a complexidade que você andou carregando na caixinha dentro do peito.
... Que seu inverno seja feliz.

E aguarde... em breve eu te escrevo.


A.Gouveia

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Flashs

Isso aqui sou eu.
Sou essa confusão em textos bonitos pra te agradar, que carrega esse olhar sereno e quieto.
Sou bastante observador, adoro reparar detalhes, frases, textos, jeito, voz, sorriso, fé.
Adoro tudo que é brilhante, interessante, tudo aquilo que é lindo em sua essência.
Esse aqui sou eu. O moço de sorriso curto, bobo, e sincero.
Que gosta de ficar junto sem sufocar, que adora caminhadas sem destino enquanto o dia termina, conversas sérias sobre avida pela madruga ou coisinhas bestas só pra passar o tempo.

Como já disse... Sou muitas coisas, e uma delas é ser observador.
E acredite, todos os detalhes me fizeram parar e prestar atenção em você.

A.Gouveia

                                                                     E deixo essa canção aqui pra alegrar o post. ♪♫♩♫♭


terça-feira, 2 de julho de 2013

Um pouco do que não dá pra registrar

Certa vez disse Caio, algo parecido com: ‘Podia ser só amizade, admiração, carinho, respeito, ternura, ou desejo. Com tantos sentimentos arrumadinhos com tanto carinho na prateleira de cima, tinha de ser justo esse, meu Deus?’. 
Acho que dá pra entender um pouco do que se passa por aqui, ao mesmo tempo em que não tenho tido tempo nem pra pensar sobre isso. A bagunça já está feita, os livros e os textos estão espalhados pela cama, e é muito fácil se perder entre olhares e palavras, abraços e sorrisos, e na calmaria de quando amanhece com sol. É. Acho que você tem mexido comigo, um pouco mais do que eu geralmente me permito. Daí vez em quando lembro do sorriso, principalmente nos dias sem noites dormidas. É. acho que aprendi a escrever quando estou feliz, e mesmo diante dessa bagunça, ando carregando um sorriso grandão que revela alguns segredos.

Os melhores talvez.

 Ando escondendo vontades, e o calendário folhinha pra não saber qual dia é. Pura correia, tenho perdido a hora. Mas sempre sorrio para o celular, é que fico ansioso quando estou longe. Ouço a mesma música, ando relendo meus textos mais de mil vezes. Guardo os melhores pra mim, os melhores textos e os olhares.
Ah, e este aqui sou eu. Sem frases feitas ou fotografia bonitinha.
Os melhores momentos a máquina fotográfica jamais conseguiria registrar.

Já ouviu falar no só se vê bem com o coração?
O flash deve ser esse brilho todo...

A.Gouveia


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Esse é sem título.

“Houve um tempo, querida, em que você ainda mexia com ele, pouco, mas mexia. Hoje, nada mais em ti o afeta, você é apenas mais alguém que preenche o ambiente e causa barulho, gasta oxigênio, transmite calor. Apenas mais alguém que aos olhos são paredes em branco. E isso te dói muito, eu sei. Mas é isso, do mesmo jeito que você ama Raimundo cegamente, ele ama Maria também. E Maria? Maria é burra.”

— D. Melo

Obrigado, Menina.

Eu andei sorrindo, seu Moço.

É bom escrever pra você, Amador. Mesmo que não entenda a vontade de escrever para alguém que não se vê mais e de quem some deixando resquícios de notícias. Mas suaviza. Torna a respiração mais leve e deixa o coração num compasso mais delicado. Deixa os dias mais claros e ameniza a espera por outra primavera. Esse outono foi longo demais, não foi? Houveram dias em que pensei que seria pra sempre assim e que a gente nunca mais conseguiria ver beija-flores, nem sentiria a chuva tocar a pele com toda aquela sensação de quem sente a alma ser lavada, nem as manhãs de domingo e o seu entardecer. Porque são por demais melancólicos, lembram fotografias antigas os domingos de outono. Mas existe algo bom nesses dias tristes e é a mesma coisa boa que a gente vê na solidão, na dor ou quando o desejo cala. E você mais uma vez tentaria mostrar que não existe sequer uma coisa boa nisso, mas te responderia que há sim, e que eu chamaria “adultamente” de maturidade. Nós crescemos e aprendemos, porque precisamos nos encontrar de alguma forma quando estamos só. Então sofremos. Dói um pouco. Alivia. Desaparece. E é aí que aprendemos a enxergar com os olhos de dentro. Criamos constantes. Simulamos probabilidades. A gente respira. Pensa. E vê que a vida ainda pode ser doce mesmo quando tudo insiste em ser melancolia.

Não me tranco em casa nem quando é inverno, você bem sabe. Gosto de ver pessoas e de observar a rua, ambos em seus entardeceres. Penso que algumas delas (falo apenas das pessoas desta vez), a maioria deixa passar despercebido. Não consigo culpá-las, sabe. No mais, viver é isso, não é? Uma montoeira de coisas desconhecidas, passando rapidamente diante dos olhos, o tempo todo, e ficamos sem conseguir agarrá-las. Não quero que seja assim pra sempre, Amador. Sempre deixei claro, e combinamos em meio as nossas conversas que seria diferente, apesar de. E confesso que eu prometi (cheia das minhas convicções), que seria. Por isso ando economizando palavras, aparições, sentimentos, um sorriso aqui, outro ali,. Pra que eu saiba sentir quando chegar a hora. E vou ver você durante esse inverno. Esse inverno. Daí, se quiser, pode vir comigo pelas outras estações, que já sei de cór, escala e cor definidas pra passear por elas. Sim Amador. Eu sei que não é tão simples. Mas a gente andou aprendendo a caminhar só.. E aos poucos tudo vai se ajeitando. E eu acredito cheia de uma esperancinha tímida de tão boba, como essa paz que tenho em lhe escrever. Em breve a gente se vê, seu moço.

A.Gouveia

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Uma carta para Ester.

Junho de 2013.

Acho que você não se deu conta que seu outono andou chovendo mais que o normal.
Andou molhando o chão, corações, e você; [que silenciosamente] se deparou com todas aquelas expectativas que ficaram guardadinhas na estação passada. Eu sei que você andou se esforçando bastante pra que tudo pudesse ter sido diferente e chegou realmente a crer que pudesse ser...
Mas aí deu nisso... Acabou juntando dores, mágoas.
Sem perceber ficou vendo a vida passar pela fresta da janela, outras vezes vendo da varanda a vida lá fora como se fosse filme.
Eu sei que viver nunca será fácil.
Às vezes dói. Eu sei...
Não sentir que o coração está bem te corrói.
Às vezes a aflição te guarda, outras vezes tu é quem guarda as aflições.
Que a frieza, ela te recompõe.
Mas presta atenção no que vou te falar! Sexta-feira a estação vai mudar e o ciclo estará pronto pra recomeçar, apenas se assim você consentir... e deixo escapar que não queria que você consentisse.
Ao menos dessa vez. E que extraísse bem lá do fundo do coração, uma força de reinício.
E que fosse feliz. 
Mas bem feliz meeesmo!  
[Rodeada pelos clichês do "custe o que custar" e do “Seja o que Deus quiser”].
Que saísse um pouco mais de casa. Que participasse mais da vida.
Que tivesse mais amor [próprio dessa vez].
Eu volto quando for verão, Ester.
Até lá, aqueça as mãos. E congele esses lamentos, como pequenos torrões de açúcar.
Quero ver você sorrindo da próxima vez...

 
Com esperança,
Amador.

A.Gouveia

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Reticências

Senti sua falta o dia todo!
Dessas ausências que insistem em doer, e acabei me dando conta que não sentia esse tipo de coisa a bastante tempo. Às vezes você precisa sumir um pouco e eu entendo.
Aí desejei tanto que dessa vez fosse um pouco diferente!
Mas a única coisa que consegui dizer foi que comigo as coisas estavam indo bem.
Porque você já estava pensativa demais pra eu ficar também.
E a gente bem combinou que qualquer dia desses nos veríamos. .
E que nos dias ruins nos quais fosse preciso concertar o coração, eu mandaria todos os sorrisos do mundo via blogspot ou pelos correios.
Pra que você melhorasse.
Esta manhã eu descobri que gosto um tanto de você. De verdade.
Porque apesar dos dias tristes ou dos suspiros à tardinha, e desses que dou agora enquanto escrevo, você me faz bem.
Durante as conversas bobagens você me aproxima do que sou de verdade e me faz pensar no que poderíamos ser.
Não tive tempo pra contar da falta que tu fez.
Ou da vontade que tive de fazer o tempo voltar, e te ver sentada ali pertinho.
Não disse também que torço muito pra que você seja feliz. Devia ter dito, não é?
Você fez as coisas parecerem tão mais simples desejando isso pra mim!
Então, o que me resta é enviar por aqui todos os meus melhores sorrisos pra você.
Porque já tá meio tarde pra enviar pelos Correios e ando sem tempo livre durante a semana, além do mais, aqui tudo é distante.
E não fique preocupada caso eu fique sem sorriso, já que enviei todos eles pra você.
Nem se sinta culpada se eu não sorrir amanhã, e nem depois...
É só eu viver mais uma daquelas minhas histórias engraçadas que acabo encontrando outros sorrisos por aí. E tenho certeza que você precisava mais deles do que eu, já que me acostumei a ficar meio tristonho de vez em quando.
Mas te ver sem sorrir é quase um pecado pra mim. Desses que entristeceria até Deus.
Então dê um sorriso, fique bem feliz!
Hoje eu queria ser bem profissional, pra roubar tudo que deixa triste, tudo que te machuca.
Mas não sou.
A única coisa que consigo fazer é estar presente, e te ouvir.
E mentir vez em quando omitindo a vontade que tive de te beijar àquele dia.
Só pra você acreditar que não estive pensando nisso.
Certamente você não pensou nisso. Se pensou, fingiu tão bem quanto eu.
Eu chego já, ou melhor, no tempo certo.
Enquanto isso, receba os meus sorrisos... 
Eles não usarão a porta, mas entrarão pela sua janela e você vai sorrir também.
Tenho certeza que sim.

A.Gouveia

domingo, 9 de junho de 2013

Termina aqui a história que nunca começou. (1)

Alguém sempre dará um jeito de bagunçar seu coração, Menina. Mesmo que isso passe despercebido entre os sorrisos e o “amor” que eles dizem sentir. Sempre te roubarão a leveza, a mania de sorrir com os olhos, e um pouco da paz que tu carregas. Mesmo que não percebam o dano que possam causar a quem só aprendeu [em oração] a pedir perdão [e a perdoar].  Não estarão interessados em saber que sempre chove nos seus planos. Nem perguntar quantas coisas você teve de desistir pra chegar até aí, onde está agora. Não vão tentar saber sobre quantos dragões diários você andou matando. Nem sobre quantos permanecem vivos. Porque você assim consentiu, deixou ficar. Não prestarão atenção nas miudezas que carregas [Pois nessa vida muita gente vive correndo demais ... Sempre urgentes demais] Não saberão do teu amor [por achar, que pelo andar da carruagem, ele deixou de existir]...

A.Gouveia

sábado, 8 de junho de 2013

Na varanda.

Às vezes aquilo era tudo, aquelas noites no Facebook, somadas a sms. Costumávamos conversar sobre tudo sempre tarde, ficava muito tarde e aí mais tarde e aí bem tarde ainda e enfim para a cama com a vista cansada e vermelha de tanto olhar o monitor de tão perto, pertinho, para não perder uma palavra sequer, porque quem iria se importar com o meu cansaço pela manhã durante a aula sem você. Quem mais sentiria falta dos seus sumiços? Quem mais olharia você sem pressa? Eu abriria mão de qualquer dia, todos os dias, por essas longas noites com você, e foi o que eu fiz.

A.Gouveia

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A milhas e milhas de qualquer lugar.

Te vejo sábado! você gritou, como se tivesse acabado de descobrir os dias da semana.
A gente achou que tinha tempo. Eu acenei mas não podia responder, porque finalmente tinha me permitido sorrir tanto quanto eu queria a tarde inteira, a noite inteira, cada segundo de cada minuto com você. Que merda, acho que eu gostava de você. 


(D.H)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

É isso!

   
No fundo alguns escritores sonham que àquela pessoa seja apaixonada por ele, assim como é por seus textos. Então já que você vez ou outra aparece por aqui pra tentar diminuir a dor dentro do peito, eu aproveito e digo que...

"Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. 
Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais".

(Padre Fábio de Melo)


terça-feira, 4 de junho de 2013

Porque apesar de...

Eu nunca quis te magoar. Você sempre foi tão forte, tão cheio de direção e planos, e eu frágil com a minha vidinha complexa demais! E agora ando vendo você aí, triste pelos cantos, juntando suas coisas uma a uma, dizendo que não tem pra onde ir e isso me entristece. Eu também não tenho ideia de onde ir, ando perdida. Sempre estive. Tanto que sempre que inutilmente precisei ficar foram as vezes que tentei fugir de mim a pé. Acontece que me dei conta que te ligava só pra encontrar alguém que me impedisse de fugir pra lugar nenhum. E você sempre usou de firmeza para segurar a minha mão e sempre me disse coisas tão bonitas! Lamento ter te entristecido tanto... mas tem coisas na vida que a gente não escolhe. Acho que vou fazer o que mais soube fazer em minha vida inteira que é sumir um pouco, será melhor para nós. Porque apesar de, eu não saberia de fingir felicidade e sentimento ao seu lado. Minha vida é complexa demais pra você entender. Fica bem, te desejo um amor e um sorriso estampado no rosto. Você não me entenderia nessa, e nem qualquer outra...
(A.Gouveia)