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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

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[escrita em um dia qualquer de outubro]

Foi bom vê-la dando aquele riso solto outra vez. Fazia tempo que teus olhos grandes te impediam de enxergar todas as cores que o mundo te oferece lá fora e eu sempre achei isso um desperdício. Tudo bem. Prefiro sim que às vezes a solidão das cores frias te impeça de sofrer. mas convenhamos, que até solidão e dor ficam mais bonita quando se sorri.
sei também o quanto isso é difícil para você. Tantas lutas, tantas pressões, e uma sensação estranha de querer sumir de si e não pertencer a lugar nenhum. E ainda ter que suportar todo aquele barulho, acordar, sair sem o café, trabalhar, estudar, voltar pra casa, dormir, acordar, fazer café... mas ainda há esperança e você sabe. há sempre uma chance, e aquela pontinha de esperança em todos esses teus silêncios. Mas não esqueça, nunca perca a fé, custe o que custar. Aproveite as manhãs frias da última semana de mais um mês seu que chega ao fim, Ester. Receba-o como um presente generoso de alguém que deseja que você seja feliz até nos fins de tardes vazias de inverno. Vista polainas e cachecol quando for a rua. Os dias têm sido frios aqui fora. E espero que continue cuidando do seu coração...

Com carinho,

Amador.

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