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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Je dis au revoir ici

De você eu só guardo lembranças, meu bem. Não guardo mágoa, nem paixão. Como falei, guardo as lembranças mais bonitas dos últimos meses, tenha certeza. Daquelas de sentar juntos em qualquer lugar da cidade; de dividir um bom suco com a tarde terminando; de compartilhar uma porção de angustias e um mundo inteiro de alegrias que se abria devagar; de te fazer sorrir com minhas bobagens; de contar como foi meu dia e querer saber como foi o seu; não falo de sentir borboletas no estômago; mas daqueles dias em que precisei levar puxões de orelha e engolir o choro pra que não me visse frágil demais. E foi um ano difícil, saúde à prova, mudança de hábitos, gente nova, lugar novo, distância, e uma saudade bonita. E eu te agradeço, benzinho. Pelos instantes de descuido em que a gente se encontrou e se fez sorrir... isso tudo porque eu sei (e você também) que amizade também é amor. Te desejo um tempo bom, um coração sereno, dias coloridos e que permaneça assim até nossos últimos dias... (A.Gouveia)

domingo, 16 de dezembro de 2012

2° Mês

Eu sei... Tudo tem um tempo, e algumas coisas - muitas delas - foram feitas para não darem certo... Chega uma hora que a gente tem que juntar os pedacinhos, se encontrar antes de voltar a pertencer ao mundo. Porque as vezes é necessário parar de estender as duas mãos pro outro pra cuidar um pouco do coração, e organizar a cabeça. A verdade é que a gente só pode dar o que tem. O coração quer desacelerar, bater sem machucar, aprender a deixar a felicidade entrar como ela quer, aprender a deixar que fique o tempo que for preciso.
(A.Gouveia)



sábado, 15 de dezembro de 2012

Sereno

Sereno é a palavra certa, assim como os dias de sorriso estampado no rosto, como nas manhãs em que as sms deixam escapar segredos, dos convites inesperados, das noites frias sem chuva, dos encontros às escondidas, das visitas imprevistas, ou das confissões e gargalhadas pela madrugada vazia... Ou até mesmo estando naqueles dias em a saudade se faz presente .
(A.Gouveia) 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um bocado na palma da mão

... O que ela trazia consigo era um sorriso acanhado vez enquando, um olhar  meio triste e distraído pra ninguém perceber o que ela reparava, uma mente ativa e cheia de ideias. Um coração meio termo dividido em calmarias e confusões,  um quase janeiro, e um pedaço de infinito na palma da mão... 
(A.Gouveia)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Escapando segredos

- De repente não tinha mais nada.
- E isso é bom ou ruim?
- Não sei... mas queria descobrir.
- Quer falar sobre o que está sentindo?
- Não, não precisa...
- Tem certeza?
- Ah... Sinto um vazio e só. Talvez seja fome. Hoje ainda não comi.
- E por que não comeu?
- Não sei. Não consegui, estou sem fome, esqueci talvez.
- Tenho notado você meio triste...
- Não... É que tenho pensado muito...
-  Pensado em quê?
- É que as coisas andam uma bagunça,  sem sal e sem doçura ... meios termos.
- E você que sempre dizia não gostar de meios termos...
- É... mas descobri que às vezes é bom. É preciso para manter tudo em ordem!
- Você e suas teorias... E o vazio aí dento? Preenchendo?
- Não sei... Acho que não. Está tão estranho!
- Me lembrei do balão...
- O que tem o balão?
- Aquele, que crescia dentro de você.
- Ah, sim! Murchou... Até as flores no jardim tão cheias de vida, murcham um dia. O balão também tinha que murchar...
- É uma pena.
- O quê?
- Ver você triste.
- Não sinta dó...
- O que queres que eu sinta então, além de dó e da tristeza em ver você infeliz?
- Faça como eu... não sinta! Apenas deixe esvaziar.

(A.Gouveia) 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Um inverno aqui dentro

Eu andei cheio, sabe?
Andei cheio dessa correria, cheio de sorriso, cheio dessa falta...
Não pense que ando triste por aí...
É que fiz silêncio pra sentir, bem devagar.
Ando sentindo coisa boa, sinto o vento, o coração, e uma quase primavera.
Ah, meu bem... quem dera fosse inverno o ano todo.
Filmes de conchinha, pipoca, sorriso, sorvete, beijo na chuva, bilhetinhos espalhados e teu riso de liquidificador.
(A.Gouveia)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Apesar de...

É bom saber que tudo está indo bem... o trabalho, o coração, a vida.
E pra tua pergunta, a minha resposta é não.
Eu não esqueci você.
Nem as alegrias, os sorrisos, as brincadeiras e nem as chatices.
Mas chega um momento que as coisas começam a perder o compasso, e os caminhos viram rumos diferentes...
E é nessa hora que a gente precisa agarrar tudo que temos e dar um salto.
Pra que esse "tudo" que um dia foi tão bonito, não se perca com o tempo.
Quando a gente salta, dá pra conseguir guardar a felicidade, os sorrisos, os filmes de conchinha...
E foi isso o que fiz.
Eu não esqueci você e prometo jamais te esquecer.
Porque nunca aprendi a descartar pessoas... E nem quero aprender.
Fui ensinado a cuidar delas e amá-las sempre, mesmo apesar de...
Mesmo apesar de nós...
Então, lhe deixo um beijo ao vento pra ele te tocar sempre...
E como sempre, ele sabe melhor do que eu  onde te encontrar.

(A.Gouveia)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Domingo perfeição

Fazia muito tempo que eu não passava um domingo perfeição assim.
Pessoas, celulares desligados, abraços, sorrisos, olhares, dotes culinários, sofá, edredom, silêncio, carinho, saudades...
Enfim, um domingo perfeição.
Ai ai...
E o domingo nem acabou ainda...

(A.Gouveia)


Ontem sonhei me justificando

Sou meio maluco e cheio de arrependimentos, mas isso é normal, pois é a prova de que eu posso ser alguém melhor;
Sou meio irresponsável mas tenho que cuidar de muita gente e muita coisa, até agora não matei ninguém então acho que da pra passar;
Eu me importo com as pessoas ao meu redor mesmo que eu não demonstre, provavelmente eu estou orando por você agora;
As pessoas que eu machuquei ou desprezei durante a minha vida vivem nos meus pensamentos;
Acredito que as pessoas precisam ser protegidas delas mesmas mais do que do "mundo cruel";
Só faço promessas às pessoas que me dão sonhos;
Ah, e eu queria ser que nem Jesus...

A.Gouveia


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Ser aquilo que Deus quer

Tenho estilo próprio e marco e desmarco horários, chego atrasado, esqueço de almoçar...
Eu sou esse carinha metido a besta e que vive sorrindo.
Que quer mais é que o tempo pare, pra conseguir viver muito mais tempo e ser muito mais feliz.
 
(A.Gouveia)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Uma saudade bonita

Hoje me peguei pensando no quanto a gente teve um tempo bom em meio a tanta coisa ruim. 
Confesso, às vezes sinto saudades... uma saudade bonita. Temos uma ligação que não é de hoje, que não é mais saudável, e que ficou bastante tempo num vai e vêm. Ainda acho que pelo menos todas àquelas coisas boas que traziam sorrisos deveriam permanecer... Só pra deixar os dias e o que ficou mais bonito. Sei que já fomos felizes, que já brigamos muito, e que ficamos imóveis, sem emoção, apenas olhares, outras vezes nem isso havia. Confesso, às vezes sinto saudades. Foram sorrisos sinceros, olhares cheios de ternuras e abraços que se faziam repousar. Afinal a nossa história não é de hoje e tão pouco acaba aqui. Mas eu sei que aos poucos, como fotografia antiga, você vai perdendo a cor... até sumir... de mim.
(A.Gouveia)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

1° mês

Bom...
Faz um tempo que a gente não se vê, então decidi vir aqui contar o que andou se passando aqui dentro. Algumas coisas perderam a graça, o charme e o encanto. Depois outras perderam o posto de primeiro lugar, aquela exclusividade, e toda aquela possibilidade de sorriso que já não são capazes de causar... Andei conhecendo alguns sorrisos também. Ah, alguns lápis perderam a ponta, e comprei uma nova agenda para escrever coisas sobre o que o coração andou sentindo. E como você bem sabe, eu sumi um pouco, fiquei no meu canto. (Porque pensar na vida faz bem, deixa o coração mais leve, mais solto.)  Não telefonei, não respondi as Sms, e nem os recados da caixa postal. Por um pouco de preguiça, ou talvez por um pouco de vontade de evitar aquelas pessoas que queriam saber o tempo todo se eu estava bem. Eu estava, enfim.

(A.Gouveia)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tipo chuva de verão

Acontece que nós sempre fomos urgentes, Meu Bem...
O sorriso teve até um tempo bom, e nem choveu tanto assim.
Mas foi tipo chuva de verão, passou rapidinho.
(A.Gouveia)

Paper clips and crayons in my bed ♪♫♩♫


Achei ironia do destino o momento que aquela música tocou, as coisas haviam parado por um instante.
Quando todos naquela cafeteria resolveram dar uma trégua nas gargalhadas que acompanhavam todo aquele falatório e decidiram ocupar suas bocas com outras bocas. Quando toda avenida, sem que ninguém percebesse, paralisou e ficou silente como se concedesse ao refrão, aquelas palavras encantadoras soando docemente, que um dia já me trouxeram boas lembranças e até mesmo aqueles suspiros de saudade, do que talvez tivéssemos ou do que teríamos tido,  coisas que suavemente quiseram ocupar espaço naquela cadeira vazia.
Um sorriso perdido que vinha do outro lado da multidão, disse: Linda música, não é?

Dei mais um gole no chá, um meio sorriso e sutilmente respondi: Antigamente ela não me dava enjôo.

(A.Gouveia) 

sábado, 24 de novembro de 2012

Com alguns sorrisos guardados no bolso


Um texto inacabado que poucos até então souberam compreender... Uma menina comum, que sonha pra tentar viver. Que sonha pra se encontrar e se entender. Que tem medo escuro, que acredita em anjos, E que vive a espera da estação perfeita. Que com fé há de chegar. Não importa por quantos outonos tenha que passar.
Às vezes o coração se embaralha, se desgasta. Fica ali no cantinho, assustado com olhos arregalados meio sem entender o que anda acontecendo, mas ainda assim, suporta até alguns sustos, e as vezes um ou outro machucado. Ali num canto marrento como uma criança fazendo bico, espera ... Porque por "esta" primavera valerá a pena... E esperar é o que ela tem aprendido a fazer...
E ainda tem aquele trecho que o Caio Fernando vivia repetindo naqueles dias que só restava silêncio e fé ... [Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também.] ...
Então ela vai remando, sempre, e levando a vida, em sorrisos leves... Custando o que custar.

(A.Gouveia)

Dedicado à Dany Mergulhão    https://www.facebook.com/dani.mergulhao.1?fref=ts

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Foi quase, repito, quase!


- Nós não demos  certo porque a vida sempre foi urgente pra você, Meu Bem. Às vezes pra seguir  em frente é preciso ter molejo, medidas; É preciso ter fé, e outras vezes é melhor esquecer, deixar de lado um pouco... Talvez falar com jeito manso, sem intenção de pressionar, que 11 da noite seria uma boa hora de se estar sorrindo comigo, ou dormindo, não passeando sozinho por aí... É, acho que não teve amor, mas eu gostei de você com uma leveza... Suavidade de domingos amanhecendo. Quis te cuidar,  te fazer feliz, te acalentar só pra te ver dormir... Preparar um café com leite,  com ovo mexido e pão pra te acordar. Quis passear de mãos dadas pela praça e tirar uma foto com legenda pronta, meu rosto no teu ombro, um sorriso bobo demonstrando paz. Coisa de apego, carinho, afinidade, coisa de pele. 

Quis te fazer perceber que,  aos poucos, a gente encontraria sim o nosso cantinho, erguendo um bocado de sonhos, como você falou um dia. Ah, eu quis tanta coisa bonita, Meu Bem. Que se não fossem as urgências dos seus 25 anos, teria sim se transformado em amor. Foi quase, repito, quase! Você deixou de "quase ser",  e disso me restou aprender a me proteger de você,  de seus sumiços, suas histórias e seus romances.  Repito, você deixou de "quase ser" porque, aquele dia que você decidiu passear sem mim pela praça porque precisava pensar em você e na sua vida sem mim, acabei me prometendo que eu seria minha melhor companhia nos finais de semana e que aquele sentimento sufocante, que vinha acompanhado de um desejo enorme de te ver quando você não estava, iria evaporar em silêncio, da mesma forma que insistia em não querer sair de dentro de mim.

Eu tentei, Meu Bem. Pouquinho, ou quase nada, você pode até dizer. Mas já deveriam ter te dito que, além do coração acelerado, os olhos brilhantes também alertavam "cuidado". E eu, que vinha da vida com o coração cansado e cheio de arranhões que vez enquando ainda sangram, achei melhor sair de cena. E esquecer que você quase trouxe um tempo bom pra minha vida inteira...

(A.Gouveia)

domingo, 11 de novembro de 2012

Das coisas que a gente não explica


Eu deveria ter segurado a mão dela com bastante força, enquanto pude.
Na verdade, ainda há tempo pra isso... ainda se tem uma vida inteira pela frente.
É que às vezes, parece que o tempo vence e para, feito relógio quebrado, que faz o ponteiro não sair do lugar.
Em compensação, coragem eu ainda tenho aqui dentro.
Só que algumas vezes ela adormece, escorrega, foge...
Então quando isso acontece, quem precisa fugir sou eu...
Da correria, da bagunça, da timidez, do desespero, do desencontro, desse amontoado de vida e de pessoas.
Só pra descansar num lugarzinho qualquer, onde a vida é tão tranquila quanto um dia já foi.
Onde a vida é drama e sorriso, onde tem colo pra guardar o coração.
Lá, tempo ruim é apenas céu nublado e trovoadas. E só.
Tem espaço pra sorriso bobo, pra pensar, pra acreditar, pra esquecer e lembrar...
Onde a fé aponta pra frente!
Onde ainda dá pra sonhar meu mundo... Onde ainda cabe todos os sonhos dela.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nonagésimo quinto dia



Ontem à noitinha, após ter visto todo aquele espetáculo do festival de circo e palhaços, eu comecei a perceber que sempre pensei demais e que vai ver foi por isso que minha vida quis ser excessivamente morna, e solitária. Talvez foi por isso que mesmo sentindo intensamente sua falta quando você some, sempre deixei escapar uma frase em que digo que nem gosto de você. Porque eu sempre pensei bem antes de gostar de alguém e eu sei de cór que isso não é o jeito certo. Você sabe se nessas coisas existem o certo e o  errado? Embora a professora de filosofia sempre diga que não, eu acredito que há. Porque não dá pra viver de meios termos: ou é ou não é.
Eu não gosto de empurrar com a barriga, e muito menos desses meios termos.
Além do mais, ansiedade castiga o coração. E eu gosto de simplificar.
Sempre achei uma covardia fugir das coisas se escondendo no meio delas!
A gente sempre se escondeu, né? 
A gente passou esse tempo todo vivendo só a metade das coisas e permitindo que o errado fosse se misturando ao certo e vice- versa. Mas querendo ou não, a gente ainda tem um bocado de tempo pra tentar arrumar essa bagunça. Se você se organizar um pouco, teremos tempo sim!
Você só precisa parar um pouco, olhar mais pra dentro e se encontrar...
Eu sei que não é fácil. Até hoje eu vivo me procurando... Me arrumando... Me inventando...
Mas o que é fácil nessa vida? Ainda não encontrei nada que fosse...
As coisas são no máximo encantadoras. Fáceis? Nunca...

(A.Gouveia)

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fechou a gaveta e decidiu sair.


Escreveu uma mensagem numa folha do bloquinho de anotações, e guardou em um envelope pintado a lápis de cera. Havia um destino, mas que extraviou sem que ninguém soubesse, em uma dessas manhãs de fé e sol forte, céu claro e alegria no peito. “Acorda, não há  mais tempo de se entregar a sorte”. 
Com olhos apertadinhos, sorriu. A vida é mesmo extraordinária.
E a luz do sol iluminou-lhe a alma, a mágoa e a esperança inteira.

(A.Gouveia)

sábado, 20 de outubro de 2012

Vem aqui, fica juntinho um pouco...



Vem aqui,  fica juntinho um  pouco...
Nem precisa demorar muito, mas senta!
Conta  como foi teu dia, conta alguma coisa bonita ou se não quiser, nem precisa dizer nada.
Mas fique um pouco! Eu sei, o céu nem está tão bonito hoje e me deu uma vontade enorme de pintar de outra cor... que seja mais clara. Teu sorriso colore, sabia?
Tenho um universo de sorrisos coloridos guardados por aqui...
Retirar um pouco desse céu cinzento, desse desgaste do coração, e diminuir essa chuva que cai dos olhos.
E se quiser, dá pra desenhar um quadro bem bonito pra colocar na sua parede.
É quase verão, eu sei.
E tenho ficado um pouco desanimado por às vezes não conseguir sentir... nem a suavidade no ar, nem a calmaria dos dias. Mas tudo bem... sei que você vai me convencer dizendo que ainda tenho amanhã pra sair de casa e me despedir desse céu nublado e me preparar pra acordar em sorrisos no outro dia...
E eu sei, que por medo ou insegurança, vejo uma diferença enorme entre as coisas... e eu sinto tanto!
Então... senta do meu lado... fica aqui um tempo.
Nem precisa muito...espera só por um sorriso meu ou até esse verão chegar...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

É o ponto em que recomeço



... Então amanheceu mais um dia,
Mas não era só do sono que despertara...
Ela despertava pra vida... e despertar pra vida às vezes dói... ou quase nada.
Mas nela doía. Doía aquela dor de dentro, de quem andou perdendo coisas e tempo demais pelo caminho.
Doía e ela nem queria que entendessem o que ela andava sentindo, já que nem ela mesma entendia.
Pensou uns dias... E decidiu juntar tudo que era dos dois e separou em momentos bons e tristes que sentiu.
Guardou em uma caixa as mágoas, as escolhas erradas, as esperas em vão, as palavras ditas sem pensar, o desgaste, a insegurança, o amor dele por outro alguém, as frustrações das respostas que não teve, e todas as perguntas que não fez.
E na outra caixa que deixou aberta (só pra lembrar depois), guardou um gostar espontâneo junto com os sorvetes de chocolate, as cartinhas, as fotos de sorrisos perfeitos, os sorrisos bobos, a confiança, os desejos, os planos, e todos os textos e cartas que não escreveu.
Percebeu no entanto, que tudo que tinha eram apenas a vontade de recomeçar, algumas palavras e um sentimento esquisito que insistia em acompanhar a mudança.
E isso era tudo que lhe devolvia a vida, essa vontade de recomeçar.
E essas coisas todas pra dizer, que ela insiste em ter e em ser feliz.
E que anda pensando em escrever e dar sentido as palavras na esperança de que entenda ou de que ela consiga enfim, guardar tudo nas caixas, assim como fez esta manhã.


- A.Gouveia



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Além do que se vê


Talvez tivéssemos, ou teríamos tido alguma coisa ontem além da felicidade de estar alí.
Bem alí, com lua escondida, chuva acanhada; e céu hora limpo, hora nublado.
Mas hoje há lua, e as estrelas de escorpião estão ali, deixando o céu completo.
E há marte, hora estrela, hora planeta, hora fé.
Há beleza, há desejo, e um pouco de querer.

(A.Gouveia)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Um pouco daquilo que se chama fé e você



Felicidade não se explica, se sente.
Como nas tardinhas em que o vento refresca o corpo e o coração.
Tardinhas aquelas em que eu nem preciso de muita coisa pra sorrir, onde é só pensar em você.
Então amanhã...
Não há de se ter tristeza, mas há de se ter fé e você.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

De sorriso bobo e o coração com fé




“Sentada na areia, brincando com a sorte, não chove não molha.
Não olhe agora, estou olhando pra você. “ (O.T.M)


... Um sossego chegou pra lhe acordar pela manhã.
Pela primeira vez, durante todo o mês de Outubro,  nuvens cinzas  como fumaça se juntaram ao  azul clarinho do céu.
Respirou fundo e disse pra si que nada tiraria seu bom humor...
Nem essa chuva fora de estação, nem o calor do verão que se aproxima, nem o excesso preso nas pessoas, nem as mágoas, nem os medos, nem as ansiedades e as superstições que Outubro trás.
Na verdade, andava fazendo as coisas sem planejar... Imaginado possibilidades.
Mas havia um desejo imenso de que elas existissem e isso era o suficiente para continuar.
“Com um pouquinho de fé, a gente encara quantos Outubros for preciso"
Saiu de casa era dia claro como se fosse a Dona de toda Fé do mundo...
Pensou: "Mostra um sorriso bobo que o dia vai adormecer Outubro e acordar Novembro!"
E logo logo é verão outra vez..

sábado, 13 de outubro de 2012

Dos dias em que o coração segue


Andei  pela cidade a tarde inteira, o dia estava  parado, e não havia nada demais.
Não encontrei  nada aberto, mas meu coração, esse sim, esse estava.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Quando voltares

- E quando voltares...

Ela falou assim, em tom suave, como quem poderia a qualquer momento completar com um "E quando voltares não esquece de me trazer aquele sorvete que eu amo". Então sorriu, esse sorriso perfeito que dá origem a novos mundos. E sorriu mais uma vez.
O resto da minha vida agora chama-se voltar.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eu vou sendo e colecionando sorrisos

Sempre tive a incrível capacidade, de cada dia, aprender a amar um pouquinho mais. Como se eu fosse uma caixa sem fundo, ilimitada, sem borda, sem beira, sem fim. Onde cabe todo e qualquer sentimento com folga, com bastante espaço sobrando, pra encher, sem rasgar, e deixar pra sempre dentro de mim.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Por um instante

... Por um instante lembrei que...
... Eu andava me perguntando até que ponto você era aquilo que eu via em você.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Terceiro dia

Carregava uma tristeza meio incomum nos olhos.
Como se tudo envolta não parecesse perto.

Ao menos pra mim, que sempre a vi vestindo sorrisos bobos, cheios de encantos, e motivos pra lembrar.
Fiquei pensando se deveria perguntar o que era, mas fiquei com medo que dissesse que não era nada demais, e continuasse calada. Ou que por minha insistência começasse a deixar escapar lágrimas bem ali na minha frente e, acredite, em ambas eu não saberia ao certo o que fazer.
A verdade é que eu sentia a falta daquela menina que vivia completando as minhas frases tortas e que compreendia minha falta de vontade de sair de casa aos domingos. Acontece que você continuou alimentando esse chove e não molha que estava rolando entre a gente, e eu me deixei ir...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Quando se é feliz aqui dentro.

Minha sala é bem parecida com essa turma.
Há um pouco de cada coisa nela. Um pouco de tristeza, de fofocas, intrigas, mas temos momentos felizes e engraçados também. Ando adaptando meus risos por aqui...
Acho que não é preciso procurar a felicidade por aí, quando se é feliz aqui dentro.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Instantes

Observei o céu nublado e caminhei com passos lentos sentindo a chuva tocar cada pedacinho de pele que o vento gelado arrepiava ao mesmo tempo em que um arco-íris, a algumas ruas dali, tentava, acanhado e cuidadosamente , abraçar a cidade.

Esse instante fez a diferença no meu dia.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Meu sempre não é todo dia.

Eu não estava chorando, só sem vontade de sorrir. É que acho perfeito o silêncio, sabe? Manhãs de Domingo, e madrugadas inteiras escrevendo sobre saudade, e de como ando organizando os meus dias. Pra não dizer que as coisas não mudaram, confesso que deixei partir seu último sorriso bobo que estava guardado por aqui. O vento anda forte este mês, então não vai ser difícil soprá-lo pra longe. É que já faz um tempo que ando mudando a mobília aqui dentro, meu coração já tem um lugar pra ficar e um bom motivo pra sorrir.

domingo, 9 de setembro de 2012

2° Dia

E quando te vi, sozinha e sentada bem alí na escada abraçando os joelhos, eu tive a certeza de que nunca mais assistiria sozinho um pôr do sol.
Quis sentar um pouco, contar que estava quase amanhecendo lá fora, dizer que estava alí porque fiquei te observando a noite toda, e que descobri há uma semana e meia que seu sorriso é o mais lindo que já vi. Tentei contar que naquele sábado do acampamento, eu corri até o seu ponto de ônibus porque não devia ter te deixado ir embora sozinha, mas você já não estava lá.
Quis dizer que ninguém deve andar sozinho por aí, que hoje em dia é raro alguém deixar o coração um pouco aberto ou uma fresta sequer de janela aberta; que ainda existe alguém com sorriso bobo e sincero por aqui, que poucos lêem Caio F. Abreu com aquele amor; que nenhuma ligação ou sms às 3 da manhã foi em vão; que ninguém mais tem sorriso tão doce quanto o seu e por isso tive certeza de que era você.
Mas aí choveu. a gente não pôde dançar aquela música, e você acabou partindo sem se despedir. Claro que a gente entendeu. Que lá de cima, a vida é bem mais bonita do que daqui debaixo. Eu sei que não é fácil carregar bons sentimentos quando se tem um coração arranhado e dolorido ...
Eu entendi assim que olhei pra você... Que quando tentasse conversar já seria primavera, e você não estaria me esperando. Não estaria me vendo com os mesmos olhos... Muito menos com o mesmo coração.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As miudezas que ela carrega

É que vez enquando ela esquece que tem olhos verdes clarinhos e bem apertados, e que algumas vezes chora por miudezas que machucam seu coração.
Talvez, algum dia ela pense em fugir, com os cabelos soltos ao vento, o braço escorado na janela do seu quarto e uma mão descansando na cintura, e olhar firme no horizonte. Se imagine do outro lado do Atlântico sul, quem sabe? Não se sabe. Mas, no momento o que ela quer é tomar uma ducha quente e adormecer sem medo de sorrir. Ela quer acordar cedinho e poder dizer que gosta de Viver. E acredite, ela pode até ouvir suas canções românticas, usar suas palavrinhas repetitivas, sentir pontadinhas de medo e saudades, e depois continuar. Porque eu sei que ela pode ser ela mesma.

Acabo respondendo sobre você...

Ando repetindo a mesma música centenas de vezes todos os dias. As horas se arrastam, chega a parecer que não quer passar. E esse é mais um final de semana que termina assim, sem cor, parado, e vazio. Distante e sem muita utilidade como os inúmeros controles remotos que estão espalhados pelo chão da casa. E mais uma vez, distante e sem muita utilidade. Nenhum me levará para onde o meu pensamento já foi há muito tempo.
Nenhum é capaz de mudar a freqüência
dos pensamentos que se perderam assim que eu perdi o controle de tudo.
Me perguntam sobre manias estranhas, eu respondo sobre você, sobre os sorrisos, sobre as conversas, sobre as vontades. Sobre a distancia, sobre o querer, sobre os planos, sobre a ausência.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Passeio da Boa vista

... Mas hoje, o que eu queria mesmo, [além de um brigadeiro delicioso e bem calórico],era entender o que a chuva tentou me dizer no começo da manhã, quando resolveu molhar meu braço e me arrancar um intenso arrepio pelo corpo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

1° dia

Assim que amanheceu percebi que o dia seria chuvoso. E por mais que a gente estiasse o coração, ficaria uma fé miudinha de tão boba, que faria enxergar tempo bom e desenhos nas nuvens. Mas acontece que meus 20 anos já se foram a um bom tempo. E acho que quando a gente ganha idade, as lágrimas começam a desaparecer, e as tristezas precisam ser como aqueles gladiadores muito fortes pra derrubar e fazer perder a vontade de sorrir e seguir... Em frente, acima de tudo.
Porque ninguém vai lhe comprar uma capa de chuva enquanto há tempestade lá fora.
E ninguém vai saltar no andar da carruagem pra lhe ensinar o caminho de volta.
Você pode até oferecer sobremesas pras visitas, pintar as paredes com cores mais leves, decorar o jardim com orquídeas e girassóis...
Pode tirar a carta de habilitação pra tentar guiar a vida de um jeito melhor, e deixar a janela aberta durante as noites e ficar esperando que caia uma estrela cadente no quintal.
Acontece que algumas coisas (talvez muitas delas) precisam de tempo.
Feridas não se curam do dia pra noite. Esperanças não nascem em olhos que estão cansados de enxergar o óbvio...
E  já houve enchente demais no meu inverno. Deve de ser agora a hora certa do sol fazer voltar a sorrir.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Talvez a felicidade tenha errado o endereço

Quando não sabemos, a gente procura aprender...
Tem chovido bastante nos lados de cá. E esse frio que tem virado rotina tem me feito parar. Ando um pouco exausto... Às vezes me pego apressado, outras vezes sem rumo, sem chão, mas sempre respirando fundo, de cabeça erguida pra que ninguém perceba o quanto eu ando me permitindo doer...
Vivo numa luta constante, enfrentando os dragões e a mim mesmo.
Luto pra não desistir, de mim...
Essa mudança, esse silêncio, essa saudade, esse tempo que anda devorando tudo, e todas essas ausências sem fim...
Dia desses, uma amiga e eu, conversávamos sobre felicidade e a gente concluiu, que talvez por sorte ou falta dela, nós nunca conseguimos ser feliz na companhia do outro sem pensar no tempo...
Chego a achar que até ele nos traiu, assim como as pessoas traem, talvez o tempo tenha errado... E a gente não esperava... Então ficamos numa dança totalmente fora de ritmo.
Acho que ainda não é aqui, sabe?
Não é aqui que eu quero estar...
Não é assim que eu quero estar...
E também não é aqui que eu quero aprender a ficar.
Tem um mundo tão bonito do lado de lá, e eu não vi nem metade dele, que não sejam fotografias.
E eu quero conhecer, antes que fique tudo sem cor e envelheça...
Eu preciso.

domingo, 26 de agosto de 2012

Paixão não dá pra curar com dipirona

...É como tentar andar de bicicleta, sem as rodinhas, e com a pontinha dos pés:
Primeiro vem aquele frio na barriga, depois dois ou três suspiros e, milhares de sorrisos ao sentir o vento tocando o rosto e a  paisagem... Antes da hora de cair.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Curtos flashes de felicidade

As coisas andam uma correria só.
Uma rotina super bagunçada com novas pessoas e novos horários.
Acabo não sabendo ao certo que dia é, que horas são, ou os novos nomes.
Ao mesmo tempo que o repouso está presente em pequenos flashes de felicidade egoísta que andam me fazendo bem.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tanto faz

Tanto faz, se o choro for de felicidade ou de tristeza.
Tanto faz, se o corado das bochechas são de timidez ou de irritação.
Tanto faz...
Tanto faz como tanto fez.
E fez...
E ainda faz falta.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma bela bagunça

As coisas andavam uma bagunça, passos em falso, sorrisos pela metade, poucas palavras coração remendado e desacelerado. Mas a vida é engraçada, foi só eu me organizar que ela arranjou um jeito de me dar sorrisos, só pra acelerar o coração. Pronto, agora se deu uma bagunça por aqui. O coração anda tão acelerado e ganharia medalha olímpica em batidas fortes.

domingo, 12 de agosto de 2012

Por assim dizer


Não faz muito sentido escrever aqui hoje o que andou se passando pela minha cabeça nesses últimos dias.
Minha cara de pateta já diz tudo, os meus sorrisos bobos, meus olhares dizem muito mais e, depois de todas aquelas cervejas, somadas a todo aquele contato, e todas as brincadeiras, eu acabei dizendo (por assim dizer) o que, possivelmente, nunca diria se estivesse sóbrio.

sábado, 11 de agosto de 2012

Às vezes offline

É fácil perceber que ando ausente de mim, e de quem insisto ser um pedaço meu. Não estou dizendo que não me importo com você, com o que andas pensando, fazendo, ou com o que sentes. É que apenas decidi me desligar por esses dias, sair de cena, como se eu não quisesse existir, sabe?
Apenas observar, me entender, e sentir, mas sem mencionar.
Eu quis me esconder em você, e pareci criança que fecha os olhos com as duas mãos.
Eu quis ser o teu cantinho confortável, mas só consegui ser um vazio de saudade.
Eu fugi, fui pra longe, suspirei, quase me perdi de mim, fiquei sem ar, suspirei novamente....
Aos poucos estou voltando, talvez de onde nunca deveria ter saído.
Pelo menos, não assim, com minhas impulsões por sentimentos confusos e uma cabeça cansada de tanto pensar. É que quase sempre sou atraído por perfumes, músicas e todas essas sensações que me seguravam no lugar onde eu ficaria, até então, pra sempre.
...Eu quis desenhar você, com as cores que você mais gostava, mas já era tarde, e você mostrou sua ingratidão; eu dei tanto amor e você só me deu saudade...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ah, menina...

Talvez fosse bom pra mim se você pudesse ficar, sem tempo de se dar, sem medir passos ou sorrisos. É que às vezes eu preciso, e gosto de sentir que a vida fica bem mais leve quando você está aqui.
Porque teu cheiro me acolhe, teu abraço me acalma, e teus olhinhos de mel e limão apertadinhos de quem vê o mundo pela casa de um botão quando me olham, me fazem um bem danado.
A tua respiração fica mais rápida quando tu pegas no sono, e eu sei que teu sono é mais gostoso quando você está aqui deitada no meu peito. Todos aqueles teus problemas desaparecem, ficam do outro lado do sono. Sempre dou um jeito neles.
E todas as vezes suspiro fundo com a mesma frase na cabeça:
Ah, menina, talvez fosse melhor que nós não nos desgrudássemos nunca mais.

E esse é meu risco.

Esse é um amor impossível de se levar adiante.
E uma coisa que aprendi, é que ninguém é propriedade de ninguém.
Tô saindo de cena. Talvez eu ganhe, ou perca tudo.
E esse é meu risco.
Estava doendo, está doendo, vai doer, mas passará.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ah, seu moço... Tenha calma.

Hoje o dia amanheceu perfeito de tão claro. 
Tão claro e transparente quanto a decisão que decidi seguir, mesmo sem saber em qual direção. E estou seguindo...
Sem remorsos, dores, medos, sem nó, e sem nós. 
Apenas a sensação de que tudo é novo, somados a passos curtos e a vontade de sorrir.
Porque sorrir sempre é bom, não paga e faz bem.
Faz com que a gente sinta a vida!
Eu até tenho fé em sorrisos, principalmente quando são meus.
Ah, seu moço... tenha calma, ela ainda está disposta a vir. 
E as coisas estão tranquilas demais pra felicidade ter errado dessa vez. É... Vai ver é como dizem...
Felicidade a gente cria, às vezes basta só olhar ao lado, ou ir até o outro lado da rua onde ela está distraída. 
E até acredito que eu esteja caminhando pra lá com passos curtos, e aquele sentimento... Aquele chamado ansiedade.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Esperando o amor que já estava ali


Eu pensei em contar a ela que, juntos, podíamos colecionar novos sonhos ou fantasiar novas coisas. 
Ela, no entanto, escolheu, rabiscar meu mundo, e esperar o amor que já estava aqui, e que não queria voltar.
Eu quis estar perto, e dei a mão pra que ela segurasse...
E uma porção de Beija-Flores fizeram morada em seu coração.

E mesmo assim, a gente conseguiu se permitir sorrir... 

Mesmo sem ela me contar qual a cor que ela mais gostava...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Parabéns pra mim

Aos 28... Isso mesmo, 28...
São tantas coisas passando pela cabeça.
Uma vida inteira passando em flashs, em frações de segundos.
Do jardim de infância, até a última faculdade.
Momento nostalgia...
Chego a ter quase certeza de que andei um bom tempo ausente até de mim.
Mas é assim... O mundo gira, as coisas mudam, e se tudo na vida passa, talvez eu me encontre por aí.
Pelo menos, posso dizer que... As coisas andam fazendo sentido.

sábado, 4 de agosto de 2012

Já é um começo...

- Ando pensando onde vou colocar essas coisas que não cabem mais aqui dentro do peito por falta de espaço pra guardar...
- Sei lá... talvez você possa começar tirando de dentro essas coisas que já estão velhas demais, essas que estão ocupando o lugar das coisas que querem entrar...
- Não sei como fazer isso...
- Tenha a certeza de que você está aprendendo...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

... Mas por enquanto, passos curtos e leves.

E será desse jeito que escreverei um recomeço.
Com um sorriso no rosto, com passos curtos e leves, com jeito sereno e a destreza das asas de Colibri.
Primeiro veio aquela dor, a tristeza, a falta de fome, de rumo, de respiração, de sono, de paz...
Depois veio àquela tranquilidade como nos dias de primavera, veio aquela sobriedade como nas manhãs de céu azul, e logo depois veio o silêncio das tardes sem mar.
Sozinho, enfim, cheguei nisso em um Janeiro qualquer. E posso dizer com total certeza que jamais pensei sobreviver num outono tão triste, eu esperei tanto por outro verão. Porque às vezes o tempo pesa, e às vezes não é mais permitido parar, e qualquer atitude pode abrir ainda mais a ferida. Então, é preciso levantar a cabeça, estufar o peito, respirar fundo, e sorrir sempre em qualquer fim...
Curar a mágoa nem que seja com Dipirona ou Neosaldina. Recuperar a lucidez nem que seja preciso contruir a casa em outro lugar. Dormir na hora certa nem que seja a base de calmantes e camomila. Já está na hora de escrever a vida em linhas retas porque já é tarde demais pra tanta coisa torta...
É só organizar a casa, a cabeça, o coração... Que quando a gente menos esperar, Deus coloca as coisas em ordem.
... Mas por enquanto, passos curtos e leves.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Às 18:55

… Vou saindo, quieto e aos poucos pela porta da frente, só pra não deixar  nenhuma razão pra voltar...

Vai curtindo durante o caminho

A vida é uma das coisa mais complexas, frágeis, encantadoras, imprevisíveis, e instáveis que existe. Então aproveita, porque nós só temos certeza de uma única coisa nela. De que nada acabou até que acabe.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sei lá...

Sei lá. Talvez não tenha jeito mesmo dessas coisas serem de outra maneira, e eu sinto muito, porque seria bom se pudesse ser de diferente. Acontece que comigo... Nunca é.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Estou cansado

Eu já saí do trabalho. Pedi férias ontem, e avisei a ela que não volto mais. Decidi me afastar desse amor torto. Estou cansado, muito cansado dessa correria toda que me obriga o tempo todo a correr também. Preciso de paz entende?

Desencontro

Em meio a tanta falta de atenção, o desencontro era claro. Enquanto um escrevia bemol, o outro entonava sustenido...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O fantástico mundo de Anso.

Mamãe vestida de fadinha segurava a varinha de condão, enquanto o papai com espadinha de madeira e armadura de latinha enfrentava os três dragões.

domingo, 29 de julho de 2012

Adaptando sorrisos

Ando medindo palavras, passos, ando adaptando sorrisos, companhias, e outras coisas que me façam bem, pelo menos, bem temporariamente. É que às vezes, a gente procura algumas coisas que façam sentido. Da mesma forma que o inverno dos olhos procura o verão só pra parar de chover.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Desabafo

Estou precisando de um conselho. Daquele que se fala abraçado, chorando e sentindo que a pessoa está feliz em te escutar.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sempre passa

Ela anda um pouco isolada, e estranha, como se guardasse o sorriso dentro da gaveta da mesinha, junto com seus textos.
Mas tudo isso vai passar...
Sempre passa.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Tentando

Olha, eu já mudei cama de lugar, troquei o guarda roupa, o sofá, e aquela mesinha que fica do lado esquerdo da cama. Eu só não consegui mudar aqui dentro.

Aquele filminho antes de dormir

Eu não sei se é a chuva batendo na vidraça, não sei se é o dia que insiste em carregar esse tom cinza, ou se é esse vácuo que a saudade tem deixado ficar por aqui.
É que alguma coisa anda insistindo em me trazer lembranças que eu já não quero e outras que finjo tentar esquecer, pra quem sabe assim, esquecer de vez. Não tento lembrar, não telefono, não vejo fotos, não mando mensagens, não sinto o cheiro e não pretendo levar adiante nada que me faça lembrar o que passou ou o que me faça sentir falta. Mas algumas coisas surgem em mim sem que eu precise dar um único passo ou ir pra longe...
É aquela velha história dos filminhos antes de dormir...
... Alguns flashes até arrancam um meio sorriso.
Era tanta euforia, tantas juras, tanta vontade, tantos sentimentos bons, tanta sinceridade, tanto carinho...
Tantas...
Enfim, um final com tanto nada.
tanta ausência.
tanto ninguém.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A gente vai fingindo não saber

Eu não sei se é o tempo, a idade, ou a quantidade de vezes que é preciso repetir alguma coisa, que vai ensinar que nem sempre vale a pena ter razão. Na maioria das vezes é melhor ser feliz do que saber tudo.
Acho que não saber das coisas as vezes é a melhor coisa do mundo, e ainda preserva o coração.

sábado, 21 de julho de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Vou funcionando, me adaptando

Fotos, meios sorrisos, cheiros, abraços acanhados, palavras que meço, novos lugares, e novas pessoas. Estou sendo totalmente levado... Como se a velocidade dos dias somada a toda essa adaptação e multiplicada ao excesso de saudade dentro dos meus potinhos coloridos girassem a minha vida e me induzissem a fazer coisas que não estão me deixando feliz, mas me mantém funcionando...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ela me arranca sorrisos

Ela vem encantando a rua como se fosse um convite pra vida...
... E lá de longe rouba meu sorriso e diz: Acho que somos um só.