O
mundo é tão grande que chega a
amedrontar, embora ele às vezes faça parecer caber na palma da
tua mão durante nossas conversas soltas pela madrugada. Além de achar lindo
vê-la pelo reflexo dos seus olhos e do seu coração, mesmo que algumas vezes fiquem
os dois cobertos pela poeira da vida.
Não
sei bem ao certo qual foi o dia, mas a impressão que sempre tive é a de que
você me trouxe um baú fechado de alegrias desde que chegou. E mesmo que
machuque às vezes, já que todo riso solto traz consigo um efeito consequência,
lhe abrirei os braços todas as vezes em que você partir e decidir voltar. E
sumir outra vez. E voltar de novo... porque as vezes você faz com que a vida
pareça ser assim. E acredito que o coração da gente (ou ao menos o meu) sempre
sabe, de um jeito meio torto, a quem amar.
Por isso
não se assuste com os anos que você já viveu, nem com o tempo que ainda falta,
ou com o tempo que há de curar suas dores. Não se assuste com a solidão, nem
com os seus sonhos. ou as suas tristezas. Não tenha medo dos dias de chuva. O
mundo não cabe na palma da tua mão, ele é bem maior que seu coração, mas não é
capaz de abraçar solidão, ausências e silêncios. Nem de enxugar mágoas. Nem de
aliviar saudades. Mas mesmo assim é bem maior do que a gente pensa. Mas nunca
vai ser tão grande quanto a alegria de dividir nossas conversas pela
madrugada, e o vento, os risos, o caminho, o passo, os fardos, a vida com você.
Porque assim tudo fica mais leve. E maior que isso ele nunca vai conseguir
ser...