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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não tenha medo.

O mundo é tão grande que chega a  amedrontar, embora ele às vezes faça parecer caber na palma da tua mão durante nossas conversas soltas pela madrugada. Além de achar lindo vê-la pelo reflexo dos seus olhos e do seu coração, mesmo que algumas vezes fiquem os dois cobertos pela poeira da vida.

Não sei bem ao certo qual foi o dia, mas a impressão que sempre tive é a de que você me trouxe um baú fechado de alegrias desde que chegou. E mesmo que machuque às vezes, já que todo riso solto traz consigo um efeito consequência, lhe abrirei os braços todas as vezes em que você partir e decidir voltar. E sumir outra vez. E voltar de novo... porque as vezes você faz com que a vida pareça ser assim. E acredito que o coração da gente (ou ao menos o meu) sempre sabe, de um jeito meio torto, a quem amar.

Por isso não se assuste com os anos que você já viveu, nem com o tempo que ainda falta, ou com o tempo que há de curar suas dores. Não se assuste com a solidão, nem com os seus sonhos. ou as suas tristezas. Não tenha medo dos dias de chuva. O mundo não cabe na palma da tua mão, ele é bem maior que seu coração, mas não é capaz de abraçar solidão, ausências e silêncios. Nem de enxugar mágoas. Nem de aliviar saudades. Mas mesmo assim é bem maior do que a gente pensa. Mas nunca vai ser tão grande quanto a alegria de dividir  nossas conversas pela madrugada, e o vento, os risos, o caminho, o passo, os fardos, a vida com você. Porque assim tudo fica mais leve. E maior que isso ele nunca vai conseguir ser...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Send.

[escrita em um dia qualquer de outubro]

Foi bom vê-la dando aquele riso solto outra vez. Fazia tempo que teus olhos grandes te impediam de enxergar todas as cores que o mundo te oferece lá fora e eu sempre achei isso um desperdício. Tudo bem. Prefiro sim que às vezes a solidão das cores frias te impeça de sofrer. mas convenhamos, que até solidão e dor ficam mais bonita quando se sorri.
sei também o quanto isso é difícil para você. Tantas lutas, tantas pressões, e uma sensação estranha de querer sumir de si e não pertencer a lugar nenhum. E ainda ter que suportar todo aquele barulho, acordar, sair sem o café, trabalhar, estudar, voltar pra casa, dormir, acordar, fazer café... mas ainda há esperança e você sabe. há sempre uma chance, e aquela pontinha de esperança em todos esses teus silêncios. Mas não esqueça, nunca perca a fé, custe o que custar. Aproveite as manhãs frias da última semana de mais um mês seu que chega ao fim, Ester. Receba-o como um presente generoso de alguém que deseja que você seja feliz até nos fins de tardes vazias de inverno. Vista polainas e cachecol quando for a rua. Os dias têm sido frios aqui fora. E espero que continue cuidando do seu coração...

Com carinho,

Amador.

domingo, 6 de outubro de 2013

Eu te falei...

Eu sou feliz, sabe?
Bem lá no fundo.  E você sabe que não vou gritar sua felicidade por aí.
Sou mais de sorrir do lado de cá. Daqueles risos que a gente fecha os olhos e faz boca de palhaço.
É, as coisas tomam rumo, eu te falei, era só mais um tempinho que o tempo precisava pra  te ver organizada, com base, com força, e com fé. 

A.Gouveia