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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Reinventar-se mesmo que não seja janeiro.

Eu vim de um lugar que não existe pressa.
Todo esse passo lento, torto e meio ofuscado foi tomando forma com o tempo. assim como a busca pela ausência, a destreza do silêncio, e a maturidade da solidão...
lá, de onde vim, também não existe vazio.
Porque sempre tem alguém na rua sentado na calçada. Tem sempre alguém dentro de  casa. O celular nunca deixa de tocar trazendo boas novas. Phill (o Veras) acorda os domingos com canções. tem sempre um bom sorriso pra doar, tem sempre uma boa história pra contar. tem sempre chá quente no fogão. De lá, eu trago todos os abraços apertados. os sorrisos mais sinceros. a esperança mais intensa. os sonhos concretos mais cheios de ternuras. E trouxe a única certeza de amor que tem por lá.

às vezes eu paro e me pergunto por que decidi vir.
-  Acredito que... talvez fosse mais difícil ter ficado.
-  Talvez porque foi preciso.
-  Talvez... eu nunca consiga te explicar.
só sei que, apesar de tristes, chegadas e partidas me trazem sempre uma espécie de repouso.
e me acalmam o coração. é como se eu pudesse me reinventar sempre, mesmo que não seja janeiro.

... Antes, saudade e ausência me prendiam.. hoje, eu me preservo em silêncios... 



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