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sábado, 27 de julho de 2013

O mundo é pequeno demais pra mim. (1)


Dizem que nasceu antes do tempo, numa dessas noites bem frias de agosto, em que não se consegue sair de casa sem casaco para proteger o corpo. Não havia estrela no céu. Assim como também não havia solidão nos olhos ou palavras que fizessem algum sentido. Cresceu assim. Preferia que fosse verão, claro, mas como costumava dizer, “a gente não escolhe quando chegar e nem tem coragem suficiente pra decidir quando partir”.
Nunca foi de reclamar da vida, nem foi de criar muitos sonhos ou expectativas. Gostava mais de agir, superar, se permitir ser, e ser. Era feliz de um jeito meio torto e só. Quando criança, não pensava em envelhecer. Achava realmente que era o Principezinho, e que sumiria ao invés de morrer, apesar de nunca ter tido medo disso. E foi se permitindo ser, deixando o caminho ser traçado, no compasso dele, com todas as conseqüências e docilidades que isso pudesse trazer. Era dessas pessoas que carregam um peso enorme nas costas e vive sorrindo. Aprendeu a sorrir arrancando sorrisos  de onde só havia tristeza, e era feliz por semear o riso. Mas era dessas pessoas que costuma chorar em público e que carrega a ternura nos olhos. Não tinha pressa de viver, era sempre em passos leves, até porque sabia que quanto mais adiasse a vida,  acabaria mantendo distancia do amor, da dor, do fim.
Tinha dias, no entanto, em que o coração entristecia e queria partir. Ir pra qualquer outro lugar que pudesse lhe trazer alguma novidade. Perto ou distante. Não importava.  
(A.Gouveia)

Continua...

♪ ♫ ♩ ♬ Uma canção pra acompanhar o texto.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Moleque, se joga!

Andei uns dias entristecido, mas fico feliz quando penso que seu coraçãozinho está ao lado de Deus.
E foi isso. Fui ali e voltei cheio de planos e sonhos.
Aliás, pensamentos a mil. (O que não tem me faltado.)
Já faz algum tempo que tenho deixado minha cabeça ocupada com tudo aquilo que realmente me interessa.
Confesso: dá um trabalho enorme ser gente grande.
Por uns instantes pensei estar enlouquecendo...
Aí chega meu amigo um tanto bonitão, Todo malhado, dois filhos, esposa, uma casa e um trabalho pra cuidar e me fala: Moleque, já és independente, se joga!
Cria um romance 
e se Joga. Vive e não sufoca.
Aceitei a dica e me joguei,
no mundo, nos meus planos, nos meus sonhos!
Acreditei no que a minha imaginação sempre cansou de insistir, e eu bestão, não aceitava.
Resolvi arriscar e o primeiro passo foi dado! Agora é só remar e esperar que a correnteza da sorte também ajude!
Posso contar uma coisa meus amores? O Anderson de hoje, que em breve completará 20 e poucos anos, começa - de fato - a ver a vida com outros olhos.
 

"Obrigado por me emprestar seu sorriso para eu achar graça na vida."
Tati B, sua linda!


A.Gouveia

terça-feira, 16 de julho de 2013

Momento "eu sou assim" de ser.

Estou sumido, eu sei, mas é por um bom motivo (um não, são vários!)
Quero apenas comunicar que em breve eu volto ao blog e quem sabe, com novidades!

See you!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Love in the Afternoon

É tão estranho os bons morrem jovens...
Assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora.
Cedo demais...

Quando eu lhe dizia: "Eu me apaixono todo dia e é sempre a pessoa errada."
Você sorriu e disse: "Eu gosto de você também."

Só que você foi embora cedo demais...
Eu continuo aqui com meu trabalho e meus amigos e me lembro de você em dias assim... Dia de chuva, dia de sol.
E o que sinto não sei dizer.

Vai com os anjos, vai em paz!
Era assim todo dia de tarde a descoberta da amizade...
Até a próxima vez...

É tão estranho... os bons morrem antes, me lembro de você e de tanta gente que se foi cedo demais...
E cedo demais...
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis só não aprendi a perder e eu, que tive um começo feliz do resto não sei dizer.

Lembro das tardes que passamos juntos, não é sempre, mas eu sei que você está bem agora.
Só que este ano o verão acabou cedo demais...

                                                                       *Essa vai pra você. *-*

(Renato Manfredini Júnior)

sábado, 13 de julho de 2013

Coração apertadinho. ( Vó )

Essa semana Mãe me falou por telefone, que Vó está parecendo entregar os pontos.
Passa os dias deitada no quarto orando entre uma cochilada e outra, levanta só para comer
(quando come), tem dito 
poucas palavras, não tem sentado na varanda para ver a rua e o dia.
Dia desses entre uma conversa e outra falou que anda muito cansada. 
Ao contrário de muitas pessoas com seus quase 100 anos, Vó nunca falou em morrer. 
Sempre teve força suficiente para encarar AVC, cirurgias no intestino, diabetes, feridas que não cicatrizam na pele já muito frágil, uma cadeira de rodas, dores nos joelhos e nos ossos que os médicos de uns dias pra cá disseram que não conseguem encontrar solução. 
Emagreceu bastante, mas enfrentou com bom humor a necessidade de usar uma sonda para se alimentar, usou bengala por uns tempos até se lembrar que ainda tinha força suficiente para andar sozinha, mesmo se escorando nas pessoas e nas paredes...
Lembro dos biscoitos guardados no pote, sempre prontos com chá que ela me oferecia. 
Lembro ela guardando bem escondido, as cartas e desenhos que eu fazia e que ela adorava!
Mas que ela não conseguia ler. 

Lembro das plantinhas sempre bem cuidadas e os almoços de domingo sempre às 11 horas. 
Lembro as lágrimas caindo dos olhinhos dela quando fiquei doente certa vez, e num abraço ela disse que daria tudo certo...
E agora Mãe vem me dizer que ela tem andado bem tristinha, até nos dias de sol. 
E eu andei com muito medo de que a luz dela se apague, levando um bocado da minha também. 
Porque ela, além de me guiar, é também a esperança que eu tenho.
Porque sabe diferir de tanta coisa, de tanta gente, 
ela nunca deixou de acreditar na vida, no amanhecer, em mim...
E eu, que coloquei os pés na estrada muito cedo, mesmo assim não me acostumei com esse compasso natural da vida, chorei de soluçar de saudade, de medo, de solidão... 
Acontece que eu não sei o que fazer, o que pensar, o que dizer aqui dessa distância toda, sem poder vê-la todos os dias e ajudar a curar-lhe todo esse aperto e essas aflições...
Pedi a Deus um pouquinho de alegria pra esse dia vazio e nublado. Acho que ele preferiu me dar fé...

A.Gouveia

sábado, 6 de julho de 2013

Post it

E eu andei desejando tanto que você fosse feliz... De verdade mesmo. Sem amarras, sem pesos, sem pressa. E que todo esse silêncio terminasse em sorrisos, dos mais bonitos, desses que até Deus sorriu ao criar. Porque a vida já foi dura demais com você. E eu entendo. Todo mundo precisa de um pouco de silêncio, desacelerar, diminuir todo o compasso que o coração andou construindo na contramão.
Como já falei, entendo teus limites, teus medos, e toda a complexidade que você andou carregando na caixinha dentro do peito.
... Que seu inverno seja feliz.

E aguarde... em breve eu te escrevo.


A.Gouveia

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Flashs

Isso aqui sou eu.
Sou essa confusão em textos bonitos pra te agradar, que carrega esse olhar sereno e quieto.
Sou bastante observador, adoro reparar detalhes, frases, textos, jeito, voz, sorriso, fé.
Adoro tudo que é brilhante, interessante, tudo aquilo que é lindo em sua essência.
Esse aqui sou eu. O moço de sorriso curto, bobo, e sincero.
Que gosta de ficar junto sem sufocar, que adora caminhadas sem destino enquanto o dia termina, conversas sérias sobre avida pela madruga ou coisinhas bestas só pra passar o tempo.

Como já disse... Sou muitas coisas, e uma delas é ser observador.
E acredite, todos os detalhes me fizeram parar e prestar atenção em você.

A.Gouveia

                                                                     E deixo essa canção aqui pra alegrar o post. ♪♫♩♫♭


terça-feira, 2 de julho de 2013

Um pouco do que não dá pra registrar

Certa vez disse Caio, algo parecido com: ‘Podia ser só amizade, admiração, carinho, respeito, ternura, ou desejo. Com tantos sentimentos arrumadinhos com tanto carinho na prateleira de cima, tinha de ser justo esse, meu Deus?’. 
Acho que dá pra entender um pouco do que se passa por aqui, ao mesmo tempo em que não tenho tido tempo nem pra pensar sobre isso. A bagunça já está feita, os livros e os textos estão espalhados pela cama, e é muito fácil se perder entre olhares e palavras, abraços e sorrisos, e na calmaria de quando amanhece com sol. É. Acho que você tem mexido comigo, um pouco mais do que eu geralmente me permito. Daí vez em quando lembro do sorriso, principalmente nos dias sem noites dormidas. É. acho que aprendi a escrever quando estou feliz, e mesmo diante dessa bagunça, ando carregando um sorriso grandão que revela alguns segredos.

Os melhores talvez.

 Ando escondendo vontades, e o calendário folhinha pra não saber qual dia é. Pura correia, tenho perdido a hora. Mas sempre sorrio para o celular, é que fico ansioso quando estou longe. Ouço a mesma música, ando relendo meus textos mais de mil vezes. Guardo os melhores pra mim, os melhores textos e os olhares.
Ah, e este aqui sou eu. Sem frases feitas ou fotografia bonitinha.
Os melhores momentos a máquina fotográfica jamais conseguiria registrar.

Já ouviu falar no só se vê bem com o coração?
O flash deve ser esse brilho todo...

A.Gouveia