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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Entre um silêncio e outro.

Se por acaso ficares triste, pequena, lembre-se daquela música que eu costumava ouvir. Ela aliviará suas dores  e, possa ser que algumas vezes, te faça chorar um pouco. Mas preste atenção, não pense que é por mal. Nunca é. A gente nunca soube medir os próprios sentimentos. A gente nunca soube olhar pros lados.
E eu ainda não consegui descobrir em qual esquina da vida desencontrei do amor. Dia desses me peguei pensando que talvez o amor nunca tenha aparecido. E eu espero, de coração, que tu o encontres, e se encontre ou se reencontre nele. Talvez essa tenha sido a razão pela qual a ausência [tanto a minha quanto a sua] se permitiu ficar.

O Phill cantará a noite inteira e não te deixará dormir, eu sei. A mesma música. Repetidas vezes. Enquanto você silencia, e pensa. Você pode não ver o amor como diz a letra, é verdade. Mas nem por isso deixará de ser a sua canção.

Essa ausência, essa saudade de sentir aquela coisa boa, e todo esse desencanto será por pouco tempo.
Eu garanto. Logo esse vazio passará. E você voltará a sorrir suas alegrias acanhadas e desajeitadas.
Deixe seu riso sair sem receio pra que ele continue voltando.
Te quero bem. Daqui a pouco é primavera...


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Reinventar-se mesmo que não seja janeiro.

Eu vim de um lugar que não existe pressa.
Todo esse passo lento, torto e meio ofuscado foi tomando forma com o tempo. assim como a busca pela ausência, a destreza do silêncio, e a maturidade da solidão...
lá, de onde vim, também não existe vazio.
Porque sempre tem alguém na rua sentado na calçada. Tem sempre alguém dentro de  casa. O celular nunca deixa de tocar trazendo boas novas. Phill (o Veras) acorda os domingos com canções. tem sempre um bom sorriso pra doar, tem sempre uma boa história pra contar. tem sempre chá quente no fogão. De lá, eu trago todos os abraços apertados. os sorrisos mais sinceros. a esperança mais intensa. os sonhos concretos mais cheios de ternuras. E trouxe a única certeza de amor que tem por lá.

às vezes eu paro e me pergunto por que decidi vir.
-  Acredito que... talvez fosse mais difícil ter ficado.
-  Talvez porque foi preciso.
-  Talvez... eu nunca consiga te explicar.
só sei que, apesar de tristes, chegadas e partidas me trazem sempre uma espécie de repouso.
e me acalmam o coração. é como se eu pudesse me reinventar sempre, mesmo que não seja janeiro.

... Antes, saudade e ausência me prendiam.. hoje, eu me preservo em silêncios...